20 de abril | 2009

Município vai investir na recuperação da mata ciliar da micro-bacia de Olímpia

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 Seguindo uma das mensagens passadas na quarta-feira à noite, pelo secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Francisco Graziano Neto, a Prefeitura Municipal de Olímpia vai investir na recuperação da mata ciliar da micro-bacia de Olímpia, principalmente nos rios que despejam suas águas no córrego Olhos D’água, ainda principal manancial de superfície, para o abastecimento de água da cidade.

Para tanto, a idéia é utilizar os recursos do Fehidro (Fundo Estadual das Hidrelétricas), que os municípios têm direito, atualmente no valor de R$ 300 mil por ano, desde que o projeto apresentado seja adequado para atender as necessidades para a preservação ambiental.

Na concepção de Chico Graziano e é esta a que será seguida pelo município de Olímpia, não é válido investir dinheiro do fundo apenas na construção de galerias pluviais, que é utilizada apenas quando ocorre um índice muito elevado de chuvas, podendo causar enchente ou inundação, um problema considerado climático e não ambiental.Os técnicos alegam que sempre chove mais num determinado período do ano e em outros a intensidade das chuvas é menor.

Esse é um dos motivos do recado dado pelo secretário durante sua manifestação no Parque Aquático Thermas dos Laranjais, na última quarta-feira. O que Chico Graziano afirmou é que os prefeitos têm que buscar recursos do Fehidro para plantar mudas nos mananciais e cuidar das reservas naturais e das nascentes. Além disso, também é importante cercar toda a área para não deixar o gado entrar e estragar de novo.

Nesse sentido, a Prefeitura de Olímpia já anunciou que a sociedade será convidada a participar de um trabalho sério. Uma das medidas é a contratação de uma foto aérea para se conhecer a real situação e também geo-processamento de todas as nascentes.

 A população precisa conhecer a situação desde o início do córrego Olhos d´Água, até o ponto onde a água é captada pelo DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia), para ver que o descaso e o abandono não são somente culpa de prefeitos, mas também do abandono da população que deixou a situação chegar onde chegou.

O abandono partiu dos proprietários rurais, dos poderes públicos municipal, estadual e federal, de órgãos fiscalizadores e, até mesmo, de pais que não conscientizaram seus filhos. Muitas vezes esses pais, por não terem educação ambiental, não tinham conhecimento adequado para chamar atenção dos filhos.

RIO TIETÊ
A questão do abastecimento da cidade de São Paulo é um exemplo citado. Atualmente, a captação de água para fornecimento aos paulistanos é feita em vários municípios vizinhos, por causa, principalmente, dos problemas que envolvem a poluição do rio Tietê.

Agora, a Prefeitura de São Paulo está interessada em fazer com que o rio renasça porque já está praticamente morto.A situação dos mananciais de Olímpia pode ser considerada tão grave quanto a de São Paulo. O Olhos D’água, por exemplo, que responde por 40% da água fornecida pelo Daemo, está totalmente comprometido.

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