02 de abril | 2007

Município pode estar a uma semana de nova epidemia de dengue

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 Com os 94 casos confirmados até no início da manhã da quinta-feira (29), o município de Olímpia pode estar a pouco mais de cinco dias para que volte a enfrentar nova epidemia de dengue. Pelo menos isto é o que pode ser depreendido dos números que vêm sendo mostrados e das próprias palavras da coordenadora da Secretaria Municipal de Saúde, Josielem Aparecida Amorim (foto).

Levando-se em conta que foram confirmados como positivos cerca de 59% dos 96 casos que a uma semana atrás aguardavam resultados – 35 deles foram confirmados como positivo – considerando o mesmo percentual sobre os 110 anunciados nesta semana, teremos em torno de 65 casos, que somados aos atuais totalizariam 159, ou seja, nove casos positivos a mais que os 150 que segundo Amorim, é o total considerado pela secretaria estadual para classificar uma epidemia de dengue em Olímpia.

Amorim destacou que estava destinando tempo exclusivo para alertar a população: "do perigo que nós estamos e que ela esteja atento para que não volte aqui na semana que vem ou na próxima semana, falando que a gente já tem uma epidemia no nosso município".

No entanto, ela considera ainda que a situação não está generalizada, portanto, um momento importante para o combate ao mosquito aedes aegypti e conseqüentemente à própria dengue.

"Ainda a transmissão está em alguns bairros, não está ainda em toda a cidade. Então há ainda como estar estacionando e cessar toda essa transmissão no município, se a população colocar mãos à obra e todo mundo sentir que a dengue e um problema de todos e todos tem que participar dessa luta", justificou.

Criadouros

A coordenadora ressalta que os criadouros não existem apenas em quintais, mas em toda a casa, como, por exemplo, os trilhos de boxes de banheiros que são considerados criadouros em potencial do mosquito transmissor da dengue e ainda os ralos em banheiros que não são freqüentemente usados.

Amorim cita ainda como exemplo os refrigeradores mais novos que contêm um reservatório para segurar a água formada pelo degelo automático. "A população estando preocupada com o seu ambiente de trabalho, preocupada com sua casa. Na verdade toda a casa e não somente o quintal", asseverou.

Outra preocupação é com os vários terrenos baldios espalhados pela cidade, que, segundo disse, a própria população acaba jogando entulhos, muitos deles perfeitos criadouros para o mosquito.

Por outro lado, já aponta para a reincidência de casos no Jardim Miessa, zona norte da cidade, bairro que vem sendo considerado pelo setor como bastante problemático por apresentar muitas dificuldades no controle da doença.

"O início da transmissão começou nesse bairro e nós realizamos vários bloqueios, nebulização no bairro e em algumas quadras até mais de uma vez e neste bairro voltou a dar caso positivo. Depois de 30 dias estamos com transmissão novamente nesse bairro. Isso caracteriza um total descomprometimento da população em relação à dengue", acrescentou.

O aviso também vai aos que administram locais públicos, onde a freqüência diária das pessoas é grande. São os considerados pela coordenadora como imóveis especiais, ou sejam, escolas, agências bancárias, grandes casas comerciais, hotéis e locais de serviços públicos como a agência dos correios e o próprio DAEMO.

"Que todos estejam atentos em relação ao mosquito, porque a única maneira de combater a dengue é acabando com o vetor (responsável pela transmissão), que é o mosquito principalmente aedes aegypti", finalizou.

 

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