30 de setembro | 2012

Vote certo para não reclamar depois

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Willian A. Zanolli

É muito saudável poder afirmar e reafirmar para o eleitor que nesta fase em que a nação discute o vergonhoso processo do Mensalão, que foi colocada em prática a Lei do Ficha Limpa, que retirou da política muitos enganadores inescrupulosos, muitos corruptos de carteirinha, nada mais justo que a população cujas assinaturas permitiram a votação da Lei do Ficha Limpa, dê sua contribuição, eliminando da vida pública, pelo voto, os adeptos da corrupção.

Está nas mãos, nos votos de cada um de vocês a decisão que poderá determinar o final da carreira daquele político que pouco se importa com a situação da Saúde, se falta médico, se falta remédio, se o número de habitações é suficiente para abrigar o pessoal de baixa renda, se o custo das prestações é compatível com o salário regional, se a Assistência Social presta o serviço para o qual foi criada, se o faz com carinho e capacidade, se a Educação é de ponta, inserida no contexto moderno, se a geração de empregos é preocupação constante e presente na vida do político escolhido para merecer o voto.

Depois da análise destas questões humanas que passarão pelo lazer, esporte, cultura, a preocupação com o meio ambiente, qualidade da água, do ar, das matas, do universo do qual dependemos, incluindo a vida animal, cujos direitos não podem ser esquecidos tendo que ser discutido o respeito a vida sob todos os ângulos.

A preocupação com a criança, com o adolescente, com o idoso.

Estas e outras as exigências que o eleitorado deveria ter em relação ao candidato que escolheu para premiar com seu voto.

Há pontos de convencimento que por si só demonstram que uma candidatura já se perdeu pelo caminho das exigências atuais de moralização da coisa pública, a prática da venda e da compra do voto é inconcebível, exatamente por que faz com que a máquina pública não funcione, não consiga se empenhar de forma qualificada nos propósitos sociais a que foi criada.

Se o candidato a prefeito ou a vereador tem a prática da compra de votos através de favores que vão desde a caixa de cerveja a confecção de calçadas e muros, reformas de casa, pagamentos de água, luz, impostos, doação de dinheiro, dentaduras, promessas de empregos, promessa de esquema de fraude em licitações, com certeza o principal que é a boa governança estará comprometida.

Ai, adeus sistema de saúde ou de geração de emprego e renda que funcione, esta a razão pela qual o eleitorado, que conseguiu mais de 1,3 milhões de assinaturas para aprovação da Lei da Ficha Limpa, deveria, nesta eleição dar o exemplo que exige mais de seu candidato a prefeito e a vereador que pura e simplesmente a ausência de propostas e programas trocadas pela compra de votos.

Eleição não pode ser tratada como uma negociação mercantil onde o voto se transforma em uma mercadoria barata por que o custo social disto é muito alto, e fica muito visível nos contrapontos, se falta atendimento público nas áreas sociais mais necessitadas, sobram cabides de emprego e licitações suspeitas na maioria das cidades brasileiras, e tudo isto promovido por prefeitos corruptos que corrompem vereadores cuja formação moral e ética é muito duvidosa, em que o desejo de se eleger é tão somente enriquecer às custas do erário.

Esta prática abominável espalhada por todo o território nacional, só será extinta se o povo a exemplo do Supremo Tribunal Eleitoral e o de Justiça que baniram os Fichas Sujas da política e agora estão condenando o pessoal do Mensalão se atentar para sua missão, votar corretamente excluindo do Executivo e do Legislativo os candidatos que não demonstram nenhuma afinidade com a coisa pública de forma responsável e idônea.

Faltando pouco mais de uma semana para o voto reflitam com carinho para o que verdadeiramente desejam para a sua cidade, escolham com carinho de forma a contemplar os mais comprometidos com o social, para não se arrependerem ao longo dos próximos quatro anos, como diria o poeta, se queres mudar o mundo, comece pela sua aldeia.

Willian A. Zanolli é artista plástico e jornalista, e não iria escrever até sete de outubro, mesmo não havendo nenhum impedimento, resolveu voltar atrás, por que entendeu como imprescindível deixar o leitor atento sobre a necessidade de moralização da vida pública em todo território nacional neste momento de Fichas Limpas e Mensalões.
 

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