15 de março | 2009

Município foi rebaixado no IPRS de 2006

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Embora em comparação ao levantamento anterior tenha até registrado progressos, o fato é que o município não acompanhou o crescimento registrado em outras localidades e, por isso, acabou rebaixado na classificação do IPRS (Índice Paulista de Responsabilidade Social), referente ao período 2005 a 2006, dois primeiros anos do segundo mandato do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro.

"Olímpia, que em 2004 pertencia ao Grupo 3, classificou-se no Grupo 4, em 2006, que reúne os municípios com baixos níveis de riqueza e com deficiência em um dos indicadores sociais (longevidade ou escolaridade)", cita o estudo.

Se no levantamento anterior o município ficou classificado no grupo 3 do IPRS, aquele que engloba os municípios com baixos índices de riqueza, mas com bons indicadores sociais, no último levantamento, divulgado na quarta-feira desta semana, dia 11, está apenas incluído no grupo 4, que abriga aqueles com baixos níveis de riqueza e indicadores intermediários de longevidade e escolaridade.

Esta é a conclusão à qual se pode chegar, ao avaliar as informações sobre o município de Olímpia, que constam do levantamento realizado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), em parceria com o Instituto do Legislativo Paulista, ambos vinculados à Assembléia Legislativa de São Paulo.

"No âmbito do IPRS, o município registrou avanços em todos os indicadores. Em termos de dimensões sociais, o escore de longevidade ficou abaixo do nível médio do Estado, enquanto o de escolaridade superou a média estadual", diz a síntese do relatório.

Porém, a situação pode ainda piorar, pois o levantamento tem ainda outra classificação abaixo, a do grupo 5, onde são classificados os municípios mais desfavorecidos do Estado de São Paulo, tanto em acúmulo de riqueza, quanto nos indicadores sociais de longevidade e escolaridade.

Riqueza

No quesito riqueza, o município de Olímpia, que ocupava 201.ª posição no ranking de riqueza em 2004, passou para 173.ª em 2006. Veja o comportamento das variáveis que compõem esta dimensão no período 2005-2006: o consumo anual de energia elétrica por ligação no comércio, na agricultura e nos serviços variou de 9,9 MW para 11,9 MW; o consumo de energia elétrica por ligação residencial passou de 1,8 MW para 1,9 MW; o rendimento médio do emprego formal cresceu de R$ 837 para R$ 947; o valor adicionado per capita aumentou de R$ 8.931 para R$ 12.388.

Enquanto o rendimento salarial cresceu cerca de 13% em dois anos (2005 e 2006), passando de R$ 837 para R$ 947, no mesmo período a renda per capita, que representa o que o município arrecada anualmente, teve crescimento de aproximadamente 38,7%, passando de R$ 8.931 para R$ 12.388.

"Olímpia somou pontos em seu escore de riqueza no último período e avançou várias posições nesse ranking. Entretanto, seu índice manteve-se abaixo do nível médio estadual", comenta o relatório.

Longevidade

No quesito longevidade, Olímpia perdeu algumas posições no ranking. Se em 2004, ocupava a 389ª posição, em 2006 passou a ocupar a 391ª posição. Veja o comportamento das variáveis que compõem esta dimensão no período entre 2005 a 2006: a taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) diminuiu de 13,8 para 11,6; a taxa de mortalidade perinatal (por mil nascidos) decresceu de 18,3 para 16,5; a taxa de mortalidade das pessoas de 15 a 39 anos (por mil habitantes) manteve-se em 1,5; a taxa de mortalidade das pessoas com 60 anos e mais (por mil habitantes) variou de 40,3 para 42,0. "Olímpia somou um ponto nesse escore no período, permanecendo abaixo da média estadual. Com esse desempenho, piorou sua colocação no ranking", avisa o relatório.

Escolaridade

Também no quesito escolaridade o município perdeu posições no ranking. Enquanto em 2004 ocupava a 71ª colocação, em 2006 ficou classificado na 96ª posição. Veja o comportamento das variáveis que compõem esta dimensão no período 200e e 2006: a proporção de pessoas de 15 a 17 anos que concluíram o ensino fundamental variou de 77,1% para 76,8%; o porcentual de pessoas de 15 a 17 anos com pelo menos quatro anos de estudo elevou-se de 97,4% para 99,9%; a proporção de pessoas de 18 a 19 anos com ensino médio completo aumentou de 48,4% para 63,8%; a taxa de atendimento à pré-escola entre as crianças de 5 a 6 anos cresceu de 84,5% para 99,1%. "Olímpia acrescentou vários pontos nesse escore no período, ficando acima da média estadual. A despeito deste desempenho favorável, o município perdeu posições no ranking dessa dimensão", justifica o relatório.

 

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