04 de agosto | 2018

Mulher de Olímpia nega “tribunal do crime” e diz que tudo foi armação da Força Tática

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Em boletim de ocorrência registrado na delegacia de polícia, a auxiliar de enfermagem, de 40 anos, moradora no jardim Santa Fé, afirmou que a informação passada pela PM de Barretos de que ela e seu cunhado teriam sido vítimas do “Tribunal do Crime” em Barretos foi falsa.

Garantiu que não ficou em cárcere privado e que tudo foi “armado” pela Força Tática daquela cidade.

No registro policial feito em Olímpia na tarde do último dia 1º, a auxiliar de enfermagem declarou que para comprovar que não estava em cárcere privado, juntou cópia de um extrato tirado no dia 23/07/18, quando foi efetuar um depósito um uma das lo­téricas de Barretos, bem como afirma, que no mesmo dia esteve no Fórum de Olímpia e ainda abasteceu seu carro, tanto em posto de combustível de Barretos, como de Olímpia.

Contou também na polícia, que no dia 24 de julho estava almoçando em uma chácara em Barretos, juntamente com seu cunhado de Guaraci e um amigo e quando estavam indo embora foram abordados por policiais, como também um carro que estava trafegando na frente.

Afirma a auxiliar de enfermagem que todos foram detidos e levados para a chácara onde eles estavam almoçando anteriormente. Contou que ela foi forçada a encostar em um muro e ficar “seminua” para ser feita revista. Alega que ela e a maioria das pessoas foram algemadas e que os policiais jogaram uma sacola de cocaína no meio de todos que estavam ali e teriam exigido que alguém que não tivesse passagem pela polícia assumisse a propriedade da droga.  Contou a auxiliar, que como ninguém se manifestou e os policiais sabiam que ela não tinha passagem, um cabo da polícia passou a agredi-la, batendo com uma vara, bem como agrediu outras pessoas. Afirma que além das agressões físicas foram feitas várias agressões verbais.

Ainda segundo a auxiliar, depois das agressões físicas, os policiais chamaram um a um, em um canto, tendo sido o último a ser chamado o seu cunhado, morador em Guaraci, tendo os policiais exigido que ele falasse que estava em cárcere privado e iria ser executado pelo “Tribunal do Crime”. Caso ela não concordasse, iria ser dividida a cocaína, dinheiro e armas entre todos ali e seriam presos por tráfico de drogas.

Contou também, que foi obrigada a assinar um depoimento feito pelos policiais da Força Tática e que os policiais divulgaram fotos, endereços e nomes completos de todos em um grupo de WhatsApp.

Por fim afirma que seu carro foi apreendido por estar com os documentos vencidos e foi orientada pelos policiais a retirar todos os seus pertences do interior do veículo, porém não lhes foram devolvidos. Também declarou que no último dia 26/07/18 prestou depoimento no Ministério Público de Olímpia, onde também relatou os fatos ocorridos.

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