18 de janeiro | 2009

Moradores reclamam de aterro que vira ‘lixão’ ao lado do Jardim Luíza

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Vários moradores dos Jardins Luíza e Alvorada reclamaram, esta semana, de um aterro da prefeitura municipal nas proximidades, que constantemente acaba se transformando num verdadeiro lixão. Do buraco existente no local,
a prefeitura retirou terra há algum tempo atrás, com a finalidade de realizar uma obra em outro local da cidade.

A proposta do então prefeito Luiz Fernando Carneiro era fechar o buraco, que ficou conhecido por “buraco do prefeito”, com entulho e restos de construção.

Porém, segundo os moradores, não é isso o que vem ocorrendo. De tempos em tempos, de acordo com os mesmos moradores, a prefeitura envia a pá carregadeira para dar um jeito na situação do local. Mas logo em seguida o local começa a se transformar num depósito de lixo.

Além dos restos de obras e materiais de construções, principalmente de reformas.
A dona de casa Nilva Maria de Lima, que mora há menos de 100 metros do local, afirma que são “caminhões da prefeitura, que tem aquelas caçambas; vem tudo aí: é lixo, é roupa, é papel higiênico, tudo o que você pensar em lixo tem, até animais mortos”. A vizinha, Matilde Nunes, diz que “é muito lixo.

Vem de caminhão e até de perua jogar sujeira. Jogam de tudo e a gente não agüenta o mau cheiro, muita coisa morta”.
Cleunice Nunes de Freitas Sanches, que mora no Jardim Alvorada, também relata que vê caminhão da prefeitura no local e que “pelo jeito ali é tudo, é animal morto, é lixo, é tranqueira mesmo, sofá, é tudo”.

Sua filha Renata, que mora na mesma casa, já teve dengue uma vez e tem muito medo: “quando começa a dar chuva eu estou com medo de pegar de novo, porque não está tendo condições nesse terreno”.

O tratorista Jesus Gonçalves Filho, que também reside no Alvorada, diz que a situação vem desde a administração do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro: “jogam nesse local é tudo, é cachorro morto, é porco, não é só entulho, é lixo. Com essas chuvas que está vindo agora, isso daí vai virar uma epidemia com a população, fora o mau cheiro que o pessoal do jardim Luiza, jardim Campo Belo, fica um mau cheiro que ninguém agüenta”.

Mirian Regina de Andrade dos Santos, também do Alvorada, diz que “tem sofá, cachorro morto, várias coisas. Já vi pessoas de fábricas de móveis, moradores também, várias pessoas”. Ela reclama da quantidade de pernilongos: “escorpiões já achei também, mas é mais o mau cheiro e fica uma aparência feia”.

Maria Solange Moraes Andreoli, moradora do Luíza também relata que jogam de tudo: “Logo nos dias que mudei aqui, tinha bastante urubus, era uma carniça. Tem entulho de tudo quanto é tipo, outro dia a máquina veio aí e empurrou para lá, agora jogaram tudo de novo”.

Marcela Daiane Rodrigues de Souza, moradora do Luiza, reclama dos bichos peçonhentos que surgem por causa do local: “na minha casa já metei 12 ratos e teve um mês que o que eu comprei no supermercado e joguei tudo fora porque ele roeram tudo”.

Recolhendo lixo
Entretanto, há pessoas que trabalham recolhendo materiais recicláveis em meio a isso tudo que é jogado no local. Esse é o caso de Maria Soares, 67 anos: “Cato plástico, ferro velho, é o que posso vender.

Lenha para queimar, mas a gente toma um pouco de cuidado, não tem perigo não, graças a Deus, a gente está com Deus, a gente está com o senhor Jesus”. Ela relata que precisa e depende do que vende catando no lixo: “Sou sozinha e viúva e dependo. É na coleta daqui que eu tiro a minha comida”.

Há cerca de quatro meses ela freqüenta o local: mas que eu mexo com reciclagem faz uns quinze anos ou mais. Na minha idade ninguém dá serviço não”.

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