22 de julho | 2007

Moradores do Jardim Menina-Moça continuam pagando CIP no escuro

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Os moradores da rua Estevão Donaire Ciriero, localizada ao lado de um seringal, no Jardim Menina-Moça, mesmo esperando por cerca de 16 anos e reclamando bastante, continuam pagando a CIP (Contribuição de Iluminação Pública), sem ter o benefício. A constatação foi feita pela reportagem desta Folha, que voltou ao local onde encontrou, em meados de maio, com muitas reclamações de moradores do local.

Lá as reclamações seguem pelo lado da falta de respeito aos moradores em razão de muitas pessoas procurarem pelo local, costumeiramente, com a finalidade de aproveitar a escuridão, ou para uso de drogas, ou mesmo para a prática de sexo dentro dos veículos.

A grande movimentação que ocorre costumeiramente na rua já fez com que uma das moradoras comparasse a rua como se fosse um motel completo. Até mesmo violência praticada contra uma mulher já foi vista pelos moradores.

A iluminação da rua Estevão Donaire Ciriero é tema de promessas de campanhas eleitorais de prefeitos pelo menos há 16 anos, segundo contou em maio um dos moradores que reside no mesmo endereço pelo mesmo período.

No entanto, mesmo sem serem beneficiados, os moradores continuam pagando a CIP nas contas mensais da energia elétrica que consomem e, pior, que desde o dia primeiro de junho o valor de quatro reais contra os R$ 3,50 que pagavam até então, resultado de um reajuste aplicado pelo prefeito Luiz Fernando Carneiro, de quase 300% acima da inflação oficial, ou seja, um aumento de 14,28%.

O aumento aconteceu na mesma semana em que o secretário de Obras e Viação, engenheiro Gilberto Tonelli Cunha, anunciava o pagamento de quatro orçamentos feitos pela CPFL Paulista, o prefeito Luiz Fernando Carneiro aplicou um reajuste à CIP (Contribuição de Iluminação Pública) de quase 300% acima da inflação.

O Decreto número 4.165, de 1.º de junho de 2007, publicado na página seis da Imprensa Oficial do Município (IOM) do sábado (02), reajustou para quatro reais o valor a título de Contribuição para Custeio de Iluminação Pública que vinha sendo cobrado desde 17 de fevereiro de 2006.

A editoria desta Folha apurou junto ao endereço eletrônico da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) geral, índice que é considerado o oficial pelo governo federal, relativo ao mesmo período, isto é, de fevereiro de 2006 a maio de 2007, foi de apenas 3,88%, portanto, uma diferença de aproximadamente 268,04% além do apurado oficialmente.

 

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