10 de outubro | 2013

Morador denuncia matança de gatos no Jardim Álvaro Brito

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O professor Vagner Saidel de Oliveira, de 48 anos de idade, morador da Rua Dr. Eloi Lopes Ferraz, número 110, no Jardim Álvaro Brito, na zona oeste de Olímpia, está denunciando que estaria havendo uma verdadeira matança de gatos no bairro. O caso foi registrado na quarta-feira, dia 9, na Delegacia de Polícia de Olímpia.
 

Oliveira relatou na polícia que era proprietário de um gato castrado e que o mesmo foi encontrado morto, por envenenamento, na sala de sua própria residência. Consta que quando do registro da ocorrência, ele apresentou o laudo de um veterinário relatando que o mesmo morreu por ter ingerido o veneno conhecido por chumbinho.

Além disso, o professor relatou que essa não foi a primeira vez que houve a morte de um gato por envenenamento na rua onde reside no Jardim Álvaro Brito. Segundo ele, outras mortes de gatos provocadas por veneno já foram registradas no local.

FIQUE POR DENTRO

Conhecido no Brasil por chumbinho, esse veneno é um produto clandestino, irregularmente utilizado como raticida, tem este nome porque o produto não diluído tem a aparência de pequenas esferas de chumbo. Mas o produto não possui registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigiância Sanitária e nem em nenhum outro órgão de governo.

O produto contém o o agrotóxico aldicarbe (carbonato Aldicarb), que figura como o preferido pelos contraventores, encontrado em cerca de 50 % dos ‘chumbinhos’ analisados, a outra metade são organofosforados diversos.

A Anvisa afirma que a matéria prima para este produto vem de roubo de carga ou entrada ilegal de produtos químicos pela fronteira. Seu uso está relacionado intensamente a assassinatos, suicídio e mortes por intoxicação acidental.

Pessoas ou animais que ingerem o chumbinho sentem fortes dores, ânsias de vômitos e também perdem o sistema imunológico, além de prejudicar células e tecidos.

Porém, estudos comprovam que seu uso como raticida não é eficiente. Apesar do rato, após comer o veneno, morre bem próximo ao alimento envenenado. Os estudos do hábito dos ratos demonstram que comumente é o mais velho o primeiro a se alimentar, e, logo que ele morre, os mais novos rejeitam o alimento, sendo, então, aconselhável os anticoagulantes registrados na Anvisa, que, apesar de provocarem uma morte mais lenta, permitem uma maior abrangência do veneno.

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