22 de março | 2020

Morador de Olímpia é morto em fuga do CPP de Rio Preto

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MORTE NA FUGA!       Lucas cumpria pena por assalto a mão armada e estava na lista da saída temporária suspensa.

Lucas Andrade dos Santos, de 22 anos, foi sepultado no cemitério de Ribeiro dos Santos.

Lucas Andrade dos Santos,(foto) de 22 anos, morador em Olímpia, foi morto com três tiros no peito quando tentava fugir do CPP – Centro de Progressão Provisória de São José do Rio Preto, juntamente com outros três presidiários. O corpo foi sepultado no cemitério do distrito de Ribeiro dos Santos.

A fuga aconteceu na noite de terça-feira, 16, um dia após uma série de rebeliões em quatro unidades prisionais do Estado de São Paulo, depois que a justiça determinou a suspensão da saidinha temporária por causa do coronavírus.

De acordo com a polícia, Lucas escalou e pulou o alambrado e o muro do CPP, juntamente com os presidiários Allan dos Anjos, de 19 anos; Higor Henrique Cardoso, de 22; e Thiago Silva, de 25 anos. Os três ainda estão foragidos.

Quando a fuga foi descoberta, policias do Baep (Batalhão de Ações Especiais), realizaram diligências e os fugitivos foram encontrados em um bar nas proximidades do CPP. Quando notaram a polícia foram para uma chácara desa­bi­tada. Quando os policiais entram na chácara, Lucas teria atirado e os policiais revidado matando o morador de Olímpia com três tiros no peito.

Segundo a polícia, o fugitivo morto estava com um revólver de calibre 38, com quatro das cinco balas disparadas. O revólver foi encaminhado para o exame de balística no Instituto de Criminalística de Rio Preto.

No Instituto Médico Legal foi feito exame residuo­gráfico para checar se ele usou a arma.

Os policias do Baep prestaram depoimento na Central de Flagrantes de Rio Preto. No entanto, a arma utilizada no confronto com o detento não foi apresentada na delegacia.

Com isso, o delegado seccional, Silas José dos Santos, determinou abertura de inquérito policial para apurar crime de abuso de autoridade em decorrência da recusa dos policiais do Baep em entregar a arma utilizada no confronto.

Em nota, o comandante do CPI-5, coronel Fábio Rogério Candido, informou que as armas usadas no confronto já foram entregues ao Instituto de Criminalística, com alegação de que a decisão é baseada no Código de Processo Penal Militar.

Por outro lado, de acordo com as advogadas Édna Marques e Márcia Gazeta, a família do detento morto quer apuração das circunstâncias em que ocorreu o confronto.

Lucas cumpria pena por assalto a mão armada e estava na lista dos presos que seriam beneficiados pela saída temporária que foi suspensa.


 

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