15 de novembro | 2009

Ministério investiga cerca de 1,1 mil bolsas famílias em Olímpia

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O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome está investigando cerca de 1,1 mil bolsas famílias que estão sendo pagas no município de Olímpia. A informação foi passada no final da manhã da segunda-feira, dia 9, pela secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, assistente social, Carmem Bor­dalho de Almeida.

Por isso, de acordo com ela, está sendo realizada uma atualização cadastral solicitada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que teria detectado os problemas.

“Não é Olímpia que está fazendo. Todos os municípios brasileiros receberam orientação do TCU para fazer. É irregularidade. Em Olímpia estamos com 1,1 mil famílias que vieram para serem visitadas, para a gente fazer esse trabalho de irregularidades”, afirmou.

Segundo ela as irregularidades surgiram após o TCE realizar um trabalho de cruzamento de informações das pessoas beneficiadas, como, por exemplo, no CPF (Cadastro de Pessoa Física), que tem origem nas declarações de imposto de renda, mesmo que isentas.

Bordalho de Almeida contou ainda que foram realizados cruzamentos no Ministério do Trabalho e Emprego, através das carteiras de trabalho e até pelo Renavan (Registro Nacional de Veículos Automotores).

“Eles conseguem fazer um cruzamento para saber se essa pessoa está ou não no Bolsa Família. Agora temos que identificar essas famílias e num espaço de tempo pequeno.Tem pessoas que já morreram e estão recebendo bolsa família”, comentou.

Segundo a secretária, teriam sido encontradas pessoas que tem veículo fabricado após o ano de 2000, que caíram na malha fina do TCU. “Quem tem (veículo) de 2000 para trás não, mas de 2000 para à frente, também caiu nessa malha fina”, acrescentou.

Segundo a secretária, também há casos de pessoas que não têm título de eleitor e nem o CPF. Até quem foi candidato a cargos eletivos, como, por exemplo, de vereador ou mesmo de conselheiro tutelar, também é investigado. A mesma situação vale para quem está recebendo algum valor da Previdência Social, como no caso de uma pessoa aposentada.

“Então, o tribunal de contas cruzou todos esses dados e conseguiu encontrar 1,1 mil pessoas. Dessas, pode ser que muitas estão na mesma família, ali dentro, porque o cadastro a gente faz da família, mãe, filhos, marido, amásio, tudo isso dentro do cadastro”, reforçou.

Cartórios

Segundo a secretária, o trabalho de recadastramento foi iniciado há dois meses, para fazer um levantamento cruzando informação com o cartório civil para ver se há atestado de óbito e o cartório eleitoral. “Agora, começamos visitar os domicílios”, disse.

Depois de concluída a identificação, que tem que ser até o dia 31 de dezembro, o cadastro será encaminhado ao Ministério que será o responsável pelo bloqueio dos pagamentos. “Não há interesse nenhum nosso em bloquear porque é um dinheiro que vem do governo federal, não vem do município”, ressalvou.

“Aquele usuário que está recebendo indevidamente está fazendo com que outra pessoa não receba, porque temos uma demanda que passamos para o governo federal. Se a gente tiver 300 famílias sendo canceladas é porque elas não precisam mais e vamos ter 300 famílias para incluir”, avisou.

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