Dois casos de lesão corporal causaram polêmica no 54º Festival do Folclore de Olímpia. Num deles uma mãe denuncia que o filho foi espancado por seguranças que trabalharam no Recinto e em outro caso um servente teria sido espancado na parte de fora do local e teria sofrido traumatismo craniano.

No caso do menor, a auxiliar de cozinha, VAA, 34 anos, compareceu na Delegacia de Polícia local na noite de sábado, 11, acompanhada de sua advogada, Edna Marques da Silva, denunciando que seu filho, o estudante JGEP, de 15 anos, teria sido agredido por seguranças que trabalharam no Recinto, durante o 54º Festival do Folclore.

O menor relatou na polícia que por volta da 01h00 de domingo se encontrava no recinto do folclore, ocasião em que foi abordado por cinco seguranças do evento, sendo quatro homens e uma mulher que fizeram revista pessoal e localizaram em seu poder um “baseado” (cigarro de maconha) e um frasco de loló (lança perfume caseiro), sendo que se encontrava na companhia de mais dois “moleques”, o Patric e o Diogo.

Relata ainda que os seguranças os levaram para um local atrás do recinto onde ficam os caminhões do parque de diversões, em seguida “bateram revista” em todos, e depois de localizar a droga passaram a agredi-los fisicamente e as drogas ficaram com eles.

O menor afirmou que sofreu agressões com tapas, socos, cabeçadas, e cassetetes que lhe atingiram o joelho, rosto, nariz e lábios, conforme laudo apresentado.

Informa que foi agredido por apenas dois dos seguranças, um deles moreno “fortinho” e outro branco e alto e meio gordinho, que após a revista e de terem ficado com as drogas mandaram eles embora e disseram que se olhassem para trás iriam bater mais.

A representante e a advogada apresentaram laudo da vítima que se submeteu a exame de corpo de delito na UPA de Olímpia-SP.

TRAUMATISMO CRANIANO

Já o segundo caso, considerado mais grave, teria ocorrido na Avenida Menina Moça, defronte ao Recinto, por volta das 23h20 do domingo, dia 05, quando o servente Maicon Willian Pedroso, de 22 anos, que reside no Jardim São José, foi agredido e acabou tendo que ser transferido da UPA – Unidade de Pronto Atendimento local para a Santa Casa de Barretos com suspeita de traumatismo craniano.

Segundo a mãe de Maicon declarou na Delegacia de Polícia de Olímpia, no dias dos fatos, seu filho foi agredido após sair do recinto do folclore. A mãe afirmou que um indivíduo que desconhece o nome a informou que Maicon teria sido confundido com um homem conhecido por “Dodo”, morador do bairro São José, e que teria sido agredido por seis pessoas não identificadas.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Quanto ao caso de envolvimento dos seguranças que trabalharam no 54º Fefol, a Associação Olimpiense de Defesa do Folclore Brasileiro publicou nota esclarecendo “que a empresa contratada para a segurança e vigilância do 54º Festival do Folclore de Olímpia cumpriu todos os requisitos legais para a liberação do alvará, bem como apresentou as documentações exigidas pela Polícia Militar e Justiça, além do credenciamento com a Polícia Federal. As supostas agressões relatadas são de responsabilidade da empresa conforme contrato assinado que diz que ‘a contratada se responsabilizará civil e criminalmente por danos causados por excesso de força’. A Associação já solicitou todas as imagens do circuito de segurança do evento, bem como providências dos eventuais responsáveis, sob pena de suspensão de pagamento. A AODFB repudia qualquer tipo de agressão, aguarda a punição dos responsáveis e está à disposição das autoridades policiais para esclarecimentos”.