21 de fevereiro | 2010

Médicos receberão proposta de R$ 50 mil para evitar paralisação na Sta Casa

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A proposta será apresentada na segunda-feira, dia 22, aos médicos que realizam os plantões de disponibilidade – os chamados plantões à distância, porque não permanecem no hospital, mas ficam de prontidão – será de R$ 50 mil por mês. Pelo menos isso é o que se pode depreender da informação passada pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, durante entrevista que concedeu à imprensa, após o encerramento de mais uma reunião com o promotor Gilberto Ramos de Oliveira Júnior.

A próxima reunião, segundo consta, está marcada para segunda-feira, às 17 horas, no Ministério Público. Somente a aceitação dos médicos pode evitar a paralisação desse tipo de atendimento, situação que colocará em cheque a estabilidade do único hospital da cidade e, ainda evitar uma intervenção.

“As negociações avançaram muito. Hoje podemos ter uma visão ainda maior de qual é o problema. O CRM pode esclarecer algumas dúvidas que pairavam ainda, como, por exemplo, a questão de urgência e emergência, que em nenhum momento o médico pode parar, tem uma grande responsabilidade dele a partir do momento em que ele parar de atender”, comentou o prefeito.

Sobre o valor a ser proposto, ou seja, o total de R$ 50 mil, parte já está garantida pela provedora da Santa Casa, Helena de Souza Pereira, que já fez uma captação de recursos chegando ao total de R$ 37 mil que vem sendo proposto desde a primeira reunião, cerca de 20 dias atrás.

O restante – R$ 13 mil – o prefeito disse que buscaria uma solução com pessoas influentes da sociedade, além de reuniões que pretende manter neste final de semana com a secretária de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti: “e nós vamos, nesse final de semana, tentar alguns empresários, mais algumas pessoas da sociedade para que a gente possa pelo menos, oferecer para a Santa Casa mais R$ 13 mil reais para concluir a proposta de R$ 50 mil”.

Embora veja como uma proposta até interessante, o Geninho sabe que não é o que os médicos estão reivindicando. Além do mais, esse valor que será proposto, se aceito terá validade até 31 de dezembro de 2010. As justificativas são o orçamento anual da prefeitura e o planejamento anual da própria Santa Casa. Além disso, a provedora tem o mandato na Santa Casa próximo de expirar.

PROVEDORA
Por outro lado, mesmo ainda sem uma definição e correndo risco de haver uma intervenção no hospital, Helena Pereira disse que deixava a reunião com esperança de que a questão seja solucionada e com a continuidade do atendimento do plantão de disponibilidade.

“Houve no início da nossa conversação com o promotor e se realmente não chegar a um consenso, fatalmente se chegará na intervenção da Santa Casa e o prefeito não tem interesse em intervir, porque sabe que é complicado”, comentou.

Na avaliação da provedora, uma intervenção, possível de acontecer sem um acordo, “seria péssimo tanto para os médicos, quanto para a população de Olímpia, é complicado, não é tão fácil, mas o promotor deixou bem claro que em última hipótese se chega nisso. Mas acredito que chegue em um consenso”.

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