08 de dezembro | 2013

Médicos não têm interesse em atuar em Olímpia

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O que já foi constatado por diversas vezes pela editoria desta Folha, acaba de ter confirmação oficial pela própria secretária municipal de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti (foto). Isso porque ao conceder entrevista a uma emissora de rádio da cidade, ela afirmou que tem dificuldades para realizar concursos, pelo menos no caso de algumas especialidades.

Um dos problemas está sendo o preenchimento de uma vaga para o chamado Programa de Saúde da Família (PSF), que pretende instalar na zona norte para atender os moradores do Jardim Santa Ifigênia, principalmente.

Nesse caso, Silva Forti confirmou o desinteresse da categoria e informou que o mesmo ocorreu em um concurso interno que, segundo ela, também deu deserto. Por isso, agora ela pretende abrir um concurso externo para ver se consegue algum médico para assumir os trabalhos naquela unidade. Nesse caso o profissional tem que trabalhar 40 horas semanais.

Mas antes outros concursos também deram desertos e ainda há falta de profissionais, segundo ela de algumas especialidades para atender na rede municipal. Embora não tenha confirmado oficialmente, deixa transparecer que houve médicos que passaram em concurso recentemente e foram nomeados. Porém, acabaram abandonando o cargo em razão de terem encontrado propostas melhores.

O problema estaria amplamente ligado à questão salarial. Enquanto um médico, que necessita de formação em curso superior de pelo menos seis anos, a remuneração é de R$ 3.723,55, os cargos criados agora na Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal), que exige ensino médio, tem salário de R$ 3,5 mil, ou seja, 94% aproximadamente do que recebe um profissional de medicina.

PROGRAMA MAIS MÉDICOS

Mas na entrevista Silvia Forti informou que o município aderiu ao Programa Mais Médicos do Governo Federal, que já está na terceira etapa, mas segundo ela, o Ministério da Saúde entende que o município ainda não tem necessidade.

De acordo com ela, atualmente a rede municipal estaria com mais de 70 profissionais médicos e superaria outras localidades que estariam necessitando mais de serem atendidas pelo programa.

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