18 de abril | 2018

Matador do taxista fez acordo pra se entregar em Rio Preto com medo de ser linchado na região

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O lavrador Matheus Nunes Fernandes, de 21 anos, após trabalho intensivo da polícia de Olímpia de busca em residências da região onde poderia estar escondido, acabou fazendo um acordo, através de sua Advogada Fernanda Iesi Lopes para se entregar em São José do Rio Preto, com medo de ser linchado ao se apresentar nas delegacias de Olímpia ou de Severínia.

Matheus, acusado de matar o mototaxista Luiz Fernando Gatti, de 27 anos, em latrocínio (roubo seguido de morte) ocorrido na noite de 23 de junho de 2017, na Vila Hípica, em Olímpia,  acabou se entregando à 16h30 da tarde de terça-feira, 17, no 3.º Distrito Policial em São José do Rio Preto na companhia de sua advogada, Fernanda Iesi Lopes, também de Severínia.

A polícia de Olímpia estava no encalço dele há vários dias, inclusive fazendo incursões e campanas em locais onde supostamente poderia estar. Então, na terça-feira, ele resolveu se entregar na cidade de Rio Preto. Ele tinha medo de se apresentar em Olímpia ou Severínia por medo de ser linchado.

Segundo o Boletim de Ocorrências lavrado no 3º Distrito Policial de São José do Rio Preto, o capturado Matheus Nunes Fernandes foi apresentado naquela delegacia pela advogada de Severínia, Fernanda Iesi Lopes que informou existir contra ele mandado de prisão expedido pela Vara Criminal de Olímpia.

Os policiais de Rio Preto mantiveram então, segundo consta no BO, contato com a autoridade policial de Olímpia e foram informados do mandado de prisão temporária expedido pela justiça. Foi dado então cumprimento ao mandado e o suspeito foi entregue aos cuidados dos policiais de Olímpia, Fábio Balthazar e Gustavo.

Como se recorda, a polícia civil local, comandada pelo delegado Marcelo Pupo de Paula e pelo chefe do SIG – Fabio Balthazar conseguiu desvendar em agosto de 2017, aproximadamente dois meses depois, o crime de latrocínio (roubo seguido de morte) ocorrido na noite de 23 de junho passado, na Vila Hípica em Olímpia quando foi morto o mototaxista Luiz Fernando Gatti, de 27 anos, e ainda esclareceu outros roubos na cidade onde mora o assassino, Severínia, chegando até o suspeito Matheus Nunes Fernandes, 20 anos, morador do bairro Cidade de Deus em Severínia.

O trabalho de investigação da polícia teve início com a checagem da linha de onde partiu a ligação para chamar o mototaxista para a corrida. Ao chegarem ao dono da linha em Severínia, os policiais descobriram que ele também era mais uma vítima do autor do latrocínio em Olímpia.

O dono do celular contou que estava numa farmácia de Severínia exatamente colocando créditos no chip quando, de repente, surgiram ladrões que assaltaram a farmácia e levaram o celular dele também. Com o celular em mãos e com crédito nele o assassino fez a ligação que levou o mototaxista para a corrida da morte.

Os policiais checaram as imagens do roubo na farmácia e após várias diligências chegaram ao autor. As possíveis armas do autor e o rádio HT, que o mototaxista utilizava estavam guardados na casa da namorada dele em Severínia.

A Polícia Civil de Olímpia chegou à conclusão que o autor do crime seria então, Matheus Nunes Fernandes, 20 anos, morador do bairro Cidade de Deus em Severínia.

Durante as diligências, com a presença do delegado Marcelo Pupo de Paula, junto com toda a equipe do SIG, que é comandada pelo Investigador Chefe Fabio Balthazar, Matheus chegou a ser detido pelos policiais ainda dormindo na casa da namorada em Severínia, mas acabou fugindo no momento em que os policiais procuravam provas contra ele no interior da residência.

Além das provas do crime cometido em Olímpia, os policiais do SIG e o delegado encontraram também outras provas de outros crimes cometidos por Matheus, como o roubo na farmácia em que ele levou o celular de uma vítima, aparelho de onde partiu a ligação para pedir a suposta corrida de moto.

Matheus foi preso agora (17 de abril de 2018), em São José do Rio Preto, sete meses depois de a polícia ter chegado até ele e quase nove meses depois de ter cometido o crime que repercutiu intensamente na cidade e região.

O CRIME
O mototaxista Luiz Fernando Gatti, de 27 anos, foi morto a tiros em Olímpia, ao fazer uma corrida, por volta das 22h30 do dia 23 de junho, na Vila Hípica. Ele foi atingido por um tiro no tórax.

Gatti foi chamado para fazer uma corrida e, ao chegar no local, foi morto e teve sua moto roubada. O mototaxista deixou órfã uma menina de 11 meses.

Embora a moto tenha sido levada, os policiais encontraram ao lado da vítima uma bolsa preta que continha um celular da marca LG, um documento de um VW Santana, um documento de moto, um canivete e a quantia de R$ 82 reais em dinheiro, além de vários cartões e três anéis.

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