O diretor clínico da Santa Casa de Olímpia, Nilton Roberto Martinez, afirmou ao Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo, através da promotora Daniela Ito Echeverria, titular da 4.ª Promotoria local, responsável pela Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos de Olímpia – Saúde Pública, que todas as pessoas que necessitavam de atendimento de urgência e emergência eram mal atendidas quando procuravam o pronto socorro municipal que funciona em prédio construído ao dado da edificação do hospital.

Martinez confirmou que a promotora mandou um ofício solicitando que informasse quais os pacientes haviam sido mal atendidos. “Eu respondi a ela que achava que realmente não tinham sido bem atendidos e, que no meu critério médico, todos os clientes estavam sendo mal atendidos”, disse.

“Coloquei também que agora a situação foi corrigida e composta uma equipe boa. Que nós realizamos uma espécie de seleção em que a gente conversava com os profissionais e depois notificava o provedor que este e aquele não tinham condições de trabalhar no pronto-socorro”, acrescentou.

O médico explicou que depois que assumiu a direção clinica do hospital e passou a comunicar aos órgãos competentes quando aconteciam coisas erradas e comunicava qual médico contratado que não tinha condição de atuar no pronto socorro, a situação melhorou.

O ofício encaminhado pela promotora a Martinez faz parte do contexto do Inquérito Civil que tramita na Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos de Olímpia – Saúde Pública, que pode virar uma ação civil pública ou não.

Tudo teve origem em um ofício da Câmara Municipal de Olímpia, no qual foi solicitado ao MP local para apurar eventuais falhas apontadas até pelo próprio diretor clínico, noticiadas através de requerimento do vereador João Baptista Dias Magalhães, que foi subscrito por outros vereadores, inclusive da bancada que dá sustentação ao prefeito.