23 de setembro | 2013

Mais de 400 pessoas podem ter participado do segundo movimento pela Saúde no Santa Ifigênia

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Mais de 400 pessoas, segundo o coordenador do movimento Ismael Barbosa, devem ter participado da segunda manifestação ocorrida nas proximidades da creche Narizinho, na avenida Constitucionalista de 32, para protestar por melhorias na saúde pública em razão das várias reclamações da população e da morte do menino Pedro Henrique ocorrida na terça-feira, 17, após peregrinação pelas unidades de saúde do município e, ainda, por uma reforma no Campo do Japonês que se encontra abandonado, servindo como ponto de comércio e de usuário de drogas.

Desta vez, os populares se reuniram por volta das 17 horas dispersando por volta das 19 horas. Os manifestantes queimaram pneus velhos nos dois lados da avenida impedindo o trânsito e soltaram rojões e fogos usados em festas juninas, fazendo parecer que o local estava sendo palco de um tiroteio.

Várias crianças portavam cartazes protestando contra o atual estágio por que passa o sistema de saúde local. As dezenas de pneus que estavam postados na avenida, sendo queimados, provocavam uma fumaça preta e alta.

A polícia, mais uma vez, ficou observando à distância, sem interferir na manifestação que perdurou até por mais de 19 horas, quando os pneus foram sendo totalmente queimados e os manifestantes começaram a regressar para suas casas.

No movimento desta segunda-feira, 23, o pai de Pedro Henrique, o soldador Rogério Márcio Gonçalves Jesus e a avó do menino que é quem cuidava dele e tinha a sua guarda, já que a mãe morreu assassinada em 2010, também estiveram na manifestação.

Sobre o movimento, Ismael explicou que são 10 mil pessoas que vivem no bairro e nas adjacências que estão indignadas. A escola onde o menino estudava também. São trezentas crianças e, portanto, 300 famílias que sentiram de perto esta dor da família. "O que a gente pede é simplesmente que a prefeitura tome providências".

Sobre se o assessor de imprensa do prefeito Eugênio José Zulliani, Julião Pittbull, teria tentado fazer acordo para não acontecer o movimento, Ismael confirmou que sim. "Ontem (domingo), no inicio do manifesto ele chamou eu e mais um para acordar com o prefeito. Fiquei muito sentido de ouvir isto de um jornalista. Fiquei muito sentido mesmo. Ninguém aqui ta querendo prejudicar o prefeito, mas sim melhorar a saúde. A gente não quer acordo, só quer melhoria da saúde e melhoria de vida para nossas crianças com a recuperação do campo. Mais nada".

E continuou: "Não tem ninguém de político aqui. Não tem nenhuma bandeira de partido aqui. Simplesmente o que tem é a indignação da população que está indignada com a atual situação. A morte de Pedro Henrique aconteceu na semana passada mas já vinha vindo um descontentamento na área da saúde. Então isso foi um estopim. E a gente viu que não dava mais para ficar quieto. Então, a gente vai aonde a nossas pernas alcançarem".

Sobre o que esperam do movimento, Barbosa afirmou que de imediato o que a população quer é uma mehoria que possa ser sentida pela população na UPA e no postinho do Santa Ifigênia e, depois, a reforma do campo do japonês, pois entende que o que mais tira as crianças do caminho das drogas é o esporte. "E a gente se encontra numa situação de total abandono. Agora, você pega, a Saúde é um abandono, o esporte é um abandono, a população não aguenta", comentou.

A respeito de até quando vai o movimento e o que é preciso que o poder público faça para que os manifestantes paralisem o movimento, Ismael foi enfático: "Olha! Eu não consigo mais frear o pessoal. Não sabia que ia tomar esta proporção. O pessoal animou e não tem como parar. Ontem tinha mais de 200 pessoas, hoje tem mais de 500 pessoas e amanhã poderá ter mais de 1000. Esperamos que algo aconteça de imediato na administração".

Barbosa destaca que não é cabível que em 10 passagens pela UPA não tenham conseguido salvar o menino com uma torção no pé. "Não dá para aceitar uma situação destas. Alguém tem que tomar uma providência. Se existe uma caneta que ela ajuste outros, mas estes não podem ficar. Eles provaram que não são competentes para tal situação.

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