23 de abril | 2013

Justiça mantém lideres da Máfia do Asfalto presos e solta seis do 2.º escalão

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DA REDAÇÃO
COM DADOS DO ESTADÃO E DA TV TEM

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) negou habeas corpus (alvará de soltura) para os lideres da já denominada “Máfia do Asfalto”, desmantelada com a operação “Fratelli”, deflagrada no dia 9 de abril próximo passado.

No entanto, soltou seis acusados do segundo escalão, dentre eles os olimpienses Humberto Tonnani Neto e Jair Emerson da Silva, além de Ilso Donizetti, Valdovir Gonçales e Oswaldo Ferreira Filho, o Oswaldinho.

Apesar da liminar de soltura ter sido concedida pela justiça, a Procuradoria da República e a Polícia Federal conseguiram um avanço na terça-feira (23). Os quatro irmãos da família Scamatti que estavam foragidos há cinco dias se entregaram em Rio Preto. São eles: Édson, Pedro, Dorival e Mauro.

Com a prisão decretada na semana passada pela Justiça Federal de Jales, a pedido do procurador da República Thiago Lacerda Nobre, os quatro eram considerados "foragidos".

Todos já foram levados para o Centro De Detenção Provisória (CDP), já que não conseguiram habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal (TRF).

Dos sete homens que conseguiram a liminar de soltura, cinco são funcionários da empreiteira de Votuporanga (SP) acusada pelo Ministério Público por fraudes em licitações e desvio de dinheiro. O sócio de uma das empresas do grupo e um lobista, preso em Neves Paulista (SP), são os outros que ganharam liberdade.

SAIBA MAIS

Agora, os seis suspeitos que continuam detidos são da família Scamatti. Olívio, considerado pelo Ministério Público como chefe da quadrilha, e a mulher dele, não conseguiram a liberdade na justiça e Édson, Pedro, Dorival e Mauro Scamatti.

Como a liminar de soltura não vale para os irmãos e para a mulher do chefe da quadrilha, eles  permanecem presos sem prazo definido. Nos próximos dias, todos devem ser ouvidos pela Procuradoria da República e Polícia Federal.

O tribunal acolheu habeas corpus do criminalista Guilherme San Juan Araújo. "O tribunal reconheceu a violência em relação a essas pessoas, contra as quais foi ordenada prisão preventiva sem a menor justa causa", declarou San Juan ao jornal O Estado de São Paulo. "O tribunal enxergou arbitrariedade", acrescentou.

Entretanto, rejeitou pedido de habeas corpus para o empresário Olívio Scamatti, sua mulher Maria Augusta Seller Scamatti e o irmão dela, Luis Carlos Seller. A decisão é do desembargador Márcio Mesquita.

Também segundo o jornal, o criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende Scamatti, disse que vai pedir ao TRF3 reconsideração da decisão que mantém o empresário preso.

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