12 de abril | 2016

Justiça decreta preventiva e mãe e padrasto de bebê de Cajobi foram presos na segunda-feira

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DA REDAÇÃO
COM COMARCAWEB
E DIARIO DA REGIÃO

A Justiça da Comarca de Olímpia decretou a prisão preventiva de Pamela Alves de Andrade, de 29 anos, e de Carlos Augusto Morelli, mãe e padrasto da bebê Júlia Alves Romero, de um ano e 10 meses de idade, que residia em Cajobi e o casal foi preso no início da noite desta segunda-feira, dia 11, por suspeita de provocar a morte da criança que é filha de Pamela.

A polícia indiciou a mãe por maus-tratos e o padrasto por homicídio. “A prisão dos dois eu me baseei nos laudos apresentados e testemunhas que foram ouvidas para colher o máximo de informações e que havia uma denúncia no conselho tutelar em relação a maus-tratos envolvendo os dois”, afirma a delegada Maria Tereza Vendramel.

A menina deu entrada no Hospital da Criança no começo do mês com lesões pelo corpo, morte cerebral, trauma na coluna, uma costela quebrada e sinais de maus-tratos. A mãe e o padrasto tinham a guarda da criança há dois meses. A Justiça determinou a prisão preventiva do casal e os dois podem ficar na cadeia por tempo indeterminado. O padrasto da criança foi para a cadeia pública de Severínia e a mãe para a cadeia feminina de Colina.

Segundo a delegada, “a mãe alega que a menina era terrível, não parava mesmo, se machucava porque vivia pulando em todo o lugar”, afirma a delegada.

“O padrasto alegou que a criança tinha se machucado numa queda do sofá, mas o legista diz que a explicação era incoerente com os ferimentos de Júlia. Além disso, o corpo da criança apresentava sinais de antigas agressões”, diz Vendramel.

O pai de Júlia, o pedreiro Márcio Aparecido Romero Pietro concorda com a prisão. “Toda vez que falei com a Pamela, ela dizia que minha filha tinha se machucado numa queda. Eu nunca acreditei. Espero que os dois sejam julgados”. Por decisão do pai, os dois rins de Júlia, que foi sepultada em Guapiaçu, foram doados.

Segundo a advogada do pai, Daiane Luizetti, que registrou o boletim de ocorrência sobre o caso no dia 5 de abril, a criança foi levada ao pronto-socorro de Cajobi por volta das 20h do dia anterior e transferida para um hospital em Olímpia (SP) para em seguida ser levada ao HCM, devido à gravidade do seu estado de saúde.

Após confirmação da morte da criança no dia 7 de abril, os rins foram doados para um hospital do Rio Grande do Sul, segundo o hospital de Rio Preto. A família da criança autorizou a doação dos órgãos da menina logo após a confirmação da morte cerebral.

Entenda o caso
A menina, de apenas um ano e 9 meses, foi levada em estado gravíssimo para o Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto (SP). Os pais da criança se separaram em agosto de 2015 e a menina vivia com a mãe, que disse ao pai, conforme consta no boletim de ocorrência, que os ferimentos da filha ocorreram devido à quedas frequentes da menina.

Ainda conforme o boletim de ocorrência, a mãe da criança trabalha em Guapiaçu (SP) das 13h até 1h. As crianças, o bebê e outro filho, de 5 anos, também filho do casal, ficam na escola das 13h às 17h e depois ficavam sob os cuidados do padrasto até a mãe voltar.

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