04 de setembro | 2022

Júri simulado na E.E. Wilquem Neves é visto por quase 70 mil no YouTube

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EDUCAÇÃO EM FOCO!
Atividade foi desenvolvida em junho de 2016 e visava mostrar a relação entre justiça e Filosofia.
68.666 internautas viram o vídeo desde a postagem. Também foram mais de 1.500 sinalizações de pessoas que gostaram da atividade educacional. Vários comentaram.

 

Um vídeo mostrando a realização de um júri simulado pelos alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual Wilquem Manoel Neves, em Olímpia, gravado em 2016 e postado no canal “siteifolha” no YouTube, atingiu, esta semana, quase 70 mil visualizações.

No final da tarde de sexta-feira, 02 de setembro (2022), 68.666 internautas haviam assistido a atividade realizada pelos alunos e comandada e organizada pelo então professor de Filosofia da Escola, José Antônio Arantes (que também é advogado, jornalista e editor desta Folha) no dia 20 de junho de 2016. Também foram mais de 1.500 sinalizações de pessoas que gostaram da atividade educacional.

No canal do YouTube o título da postagem é “Professor faz júri simulado com alunos do 1.º ano do ensino médio da E.E. Wilquem Neves em Olímpia”. Para acessar basta digitar no mecanismo de busca na internet “júri simulado Wilquem YouTube” que o primeiro link a aparecer no Google é o do vídeo realizado na escola de Olímpia, em razão do grande número de visualizações obtidas no canal siteifolha.

TEATRO DA ESPONTANEIDADE

O texto explicativo sobre a atividade que está no YouTube apresenta que “um professor de Filosofia da Escola Estadual Wil­quem Neves, de Olímpia, SP, realizou com os alunos do primeiro ano do ensino médio daquela escola, um júri simulado, para que os estudantes tomem conhecimento de como são julgados os crimes dolosos contra a vida”.

E complementa: “Na atividade, que chama de teatro da espontaneidade, o professor tenta criar um ambiente o mais próximo da realidade possível, para que os adolescentes tenham contato com o processo filosófico que é desenvolvido pela justiça nestes casos”.

Arantes, que hoje não está mais exercendo a profissão de professor por incompatibilidade de tempo, afirma que a atividade era chamada por ele de teatro da espontaneidade, onde tentava criar um ambiente o mais próximo da realidade possível, para que os adolescentes tivessem contato com o processo filosófico que é desenvolvido pela justiça nestes casos.

JÚRI SÓ NOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA

Ao longo do simulado, que era realizado de forma simplificada, o professor explicava as etapas que são seguidas na justiça de maneira simples tentando mostrar como a sociedade julga de forma diferente os crimes dolosos contra a vi­da.

Também explicava o porquê de o latrocínio (que é o roubo seguido de morte) não ser julgado pelo tribunal do júri (que é composto por membros da sociedade). O latrocínio é um crime contra o patrimônio (pois o objetivo é subtrair alguma coisa e a morte é consequência) e não doloso contra a vida (cuja intenção é matar alguém).

Nas aulas seguintes, o professor trabalhava com os alunos, primeiro o método dialético que é utilizado no processo judicial (tese/denúncia, antítese/defesa; e síntese /sentença) e, ao final do processo, discutia e auferia dos estudantes se haviam entendido e consideravam o julgamento do crime de assassinato por pes­soas leigas no direito (jurados) como justo ou não.

PELO MENOS UM ALUNO DESSA TURMA
SENTIU DESEJO PELA PROFISSÃO JURÍDICA

Foram vários os comentários falando sobre a atividade dos alunos da Escola de Olímpia. Dentre elas, destacam-se a do advogado Daniel Nissola Varela, que classificou: “Excepcional a atuação do professor em sala de aula, levando a prática do mundo jurídico para o conhecimento da base da sociedade. Quem dera se todo o sistema de educação prezasse pela implantação de matérias de direito na base curricular, para que mais alunos pudessem sentir e adquirir consciência de como funciona o sistema judiciário”.

E continua: “No caso em tela, o penal, para que se tornem seres humanos conscientes, criando um estado de respeito às leis e à ordem desde a juventude! Tenho certeza absoluta que pelo menos um aluno dessa turma sentiu em seu coração o desejo pela profissão jurídica e vai levar isso para a sua vida”.

E concluiu: “Meus mais sinceros parabéns ao professor e mais ainda aos alunos que se dedicaram ao trabalho, mesmo sem o conhecimento técnico jurídico. Deram um show. Daniel Nissola Varela, Advogado, OAB/SC 58.890”.

E AINDA FALAM MAL
DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA

Já a internauta Juri Tanaka apontou: “Depois falam mal dos professores de filosofia. Esse professor explicou sobre processo penal num nível até melhor que muito professor de faculdade de direito!”.

Sara Boa Ventura, por sua vez, destacou: “Quem dera existisse um professor assim pra cada escola pública, parabéns pela iniciativa, pena que só pode dar like uma vez…”.

Já que se identifica apenas como Célia, classifica como excelente trabalho e parabeniza o professor pela iniciativa. “Trabalho árduo ser professor no Brasil, não tem reconhecimento do valor que tem um professor. Parabéns para os educandos que desenvolveram esse trabalho com responsabilidade.

A PRÁTICA, PRÁXIS FREIREANA

Outro comentário, identificado como sendo da Eco Cidade Digital, afirma: “A prática, práxis freireana!!! Eu acredito neste professor, e nestes estudantes… a educação de base é chick!!!”.

Adriano ViePie: “Excelente simulado….o professor deu uma baita aula…..parabéns aos alunos, por mais professores como esse senhor…”.

Magno Vieira: “Parabéns pelo trabalho belíssimo! Irei realizar ele no meu clube de Direito! Estão todos de parabéns!”.

Gisele Cristina Lira: “Ótimo vídeo usei como Fonte de pesquisa para meu trabalho de história”.

Cássia Azevedo: “Viva os professores de filosofia. Gostei do Seu Sapato kkk”.

Antonio Mendes: “Um dia quero que isso aconteça na minha escola”.

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