19 de abril | 2009

Ivo de Souza transforma cotidiano da vida e temas sociais em poemas

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 O simples cotidiano da vida e temas sociais que muitas vezes geram polêmicas por causa da gravidade que alcançam, foram transformados em poemas e estão no livro “Poemas, Um Retrato na Parede”, que será lançado brevemente pelo professor e colaborador desta Folha, Ivo de Souza (foto). O primeiro livro solo, segundo informa o autor, está sendo elaborado pela Shan Editores, uma editora da cidade de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul.

“Esse livro é o primeiro livro meu solo. Todos os poemas são meus, porque eu já havia publicado alguns poemas em antologias por essa editora de Porto Alegre que está fazendo o meu livro, em que eu falo do cotidiano da vida e temas sociais”, explica o autor.

De acordo com Ivo de Souza, são poemas que ele crê que todos poderão ler sem o preconceito de que poema é algo difícil e fechado que não alcança as pessoas. “Porque além do trabalho com as palavras, que é exaustivo, ele é muito gratificante, mas ele é duro, é árduo, tem temas que são simples, do dia-a-dia, como o pássaro que vem beber água na sua casa, de um cajueiro que floresce e que dá frutos, da chuva que vem e depois renova tudo”, explica.

O professor Ivo de Souza, em seus poemas, fala também dos problemas sociais: “tem o problema que eu trago que são dos meninos de rua e outros poemas mais”. Além disso, o laço estrutural da família também não foi esquecido pelo poeta.

“Faço uma grande homenagem aos meus pais, a quem dedico esse livro, que são as pessoas mais importantes da minha vida. Foram e serão para sempre. E eu estou muito feliz com o que aconteceu, com a história desse livro lá em Porto Alegre”, acrescentou.

Souza explica que enviou os originais do livro ao editor-chefe da Shan Editores, Mário Scherer, que “me enviou correspondência muito emocionado e elogiando demais o livro. Foi uma surpresa para mim porque eu achei que ele, como editor, apenas faria a sua parte, ou seja, editaria o livro sem maiores comentários, mas não foi o que aconteceu”.

O poeta relata, bastante feliz, que recebeu comentários altamente elogiosos: “recebi notícias muito boas, como a gente diz, que santo de casa tem que fazer milagres em outros lugares, e esse lugar é a linda Porto Alegre, que é a minha vizinha, porque eu nasci em Santa Catarina lá no sul”.

HOMENAGENS
Ivo contou também, “com muita satisfação”, que recebeu o título de Cônsul Honorífico e o diploma da Real Academia de Letras da Confraria dos Poetas de Porto Alegre. “Então eu sou Cônsul da Real Academia. Fico muito honrado com esse título por representar a Real Academia aqui na nossa cidade”, comemora.


Outro fator que causa muito contentamento ao autor, foi o fato de ter se tornado um verbete da enciclopédia, “Escritores Brasileiros”: “e lá aparece uma pequena biografia minha, alguns dados, que eu também achei de grande importância”.

Mas Souza acrescenta: “o reconhecimento que eles tiveram com a minha obra, não é um orgulho vão ou uma vaidade sem sentido, mas o reconhecimento pelo meu trabalho que eu modéstia parte sei que está muito bom e muito bonito”. Além disso, relata que recebeu uma medalha e também uma comenda da Real Academia, “uma medalha muito bonita”.

“Então todas essas surpresas foram chegando, pouco a pouco, através do editor da Shan Editores, que é o senhor Mário Sherer, a quem não conheço pessoalmente, mas gostaria muito de conhecer. Nós nos falamos por telefone, por via correio, e ele elogiou desde a chegada dos meus originais, da capa escaneada, da foto da capa. Ele queria saber o autor dessa foto maravilhosa que tem a minha querida mãe, saudosa, me segurando no seu colo e eu não pude informá-lo, porque a foto é muito antiga é de arquivo da família”, explicou.

Sherer, de acordo com Souza, pediu autorização para publicar um dos poemas do livro, que se chama Construção, no jornal “Zero Hora”, o de maior circulação em Porto Alegre: “ele achou um poema exemplar, falava da beleza poética e além da beleza poética era poema didático e que servia de inspiração para os jovens poetas que estão escrevendo”. Esse poema foi publicado no jornal “Zero Hora”, no dia 21 de março, na seção chamada Almanaque, num sábado que segundo Souza, é o dia mais disputado da página: “recebi 10 exemplares”.

“O meu poema conseguiu ser colocado lá, isso é uma satisfação muito grande para mim. É um reconhecimento por todo o meu trabalho e eu sempre quis fazer esse livro. Há muito tempo estou trabalhando nele e agora, graças a Deus, esse sonho está sendo realizando”, reforçou.

Ainda de acordo com Ivo de Souza, um exemplar de seu livro será enviado à Biblioteca de Alexandria, no Egito. “É uma simbologia. Eles têm ligação com essa biblioteca que é uma das mais antigas do mundo. E esse livro será colocado lá para a posteridade. Veja bem onde o sonho da gente pode chegar. Eu não imaginava nada disso”, finaliza.

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