O Grupo Guerreiros de Aruanda, da cidade de Olímpia, que apresenta as danças folclóricas Capoeira e Maculelê, participou do encontro de capoeira realizado na cidade de Puerto Iguazu, na Argentina. Liderados pelo mestre Zé Kokão, os capoeiristas olimpienses levaram para a região da tríplice fronteira a capoeira regional praticada no município.

O evento permitiu a troca de experiências e vivências com os representantes de outros países presentes no encontro. O idioma também não foi obstáculo e, ao contrário, permitiu uma maior integração entre os praticantes dos países do continente latino-americano.

A delegação brasileira que integrou o grupo Guerreiros de Aruanda, contou ainda com a participação do mestre Metralha, organizador dos eventos regionais no Brasil e responsável pela organização do encontro na Argentina.

Metralha é o presidente do grupo com representação em vários países. Zé Kokão é diretor regional, Josiane Guilherme Barbosa, Naiara Roberta Pimenta, instrutoras, o mestre Will, de Bebedouro (SP), e Leandra, instrutora também de Bebedouro.

José Roberto Pimenta, batizado mestre Zé Kokão, mostrou uma capoeira com seus métodos típicos, em especial o acompanhamento do berimbau, porém com técnicas mais direcionadas ao esporte, cuja categoria já está inserida nas competições oficiais dos jogos regional e aberto.

Essa prática tem em sua base os mesmos elementos e símbolos, porém se diferencia dos fundamentos da capoeira tradicional, trazida da Bahia e originária de uma cultura de resistência dos brasileiros negros escravizados, conhecida como capoeira Angola.

A tradição do gingado, da dança e da música, é base e referencial dos capoeiristas. Impossível não se lembrar de Mestre Pastinha que foi um dos principais representantes desta vertente da capoeira de Angola. Gênero bastante difundido no Brasil e no Exterior, bem como mostrado pelo cinema documentário e estudado em teses acadêmicas.