18 de abril | 2021

Governo Estadual cria fase de transição para liberar comércio e igrejas em meio a platô da segunda onda

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MEDIDA DE RISCO!
Abril já é o segundo mês com mais mortes
por Covid em SP desde o início da pandemia.
Restaurantes, academias, salões de beleza,
atividades culturais e parques podem
reabrir a partir do dia 24 de abril.
O toque de recolher, das
20h às 5h, foi mantido.

 

DA REDAÇÃO
COM TV TEM

O governo de São Paulo cri­ou uma nova fase do pla­no de flexibilização da quarentena, entre a vermelha e a laranja, e autorizou a abertura de comércios e atividades religiosas em ho­rários reduzidos de fun­cionamento a partir deste domingo (18), mesmo registrando apenas ligeira queda nos números da epidemia. A partir do dia 24, no entanto, a liberação se­rá bem ampla. 

A prefeitura de Olímpia vai esperar a próxima semana pa­ra elaborar uma nova regulamentação, con­siderando as condições específicas do município. Desta forma, as recomendações do Decreto Estadual prevalecem, com a liberação das atividades re­ligiosas e do setor de comércio, a partir de domingo, dia 18 de abril, com 25% da capacidade de público e do atendimento presencial, além da aplicação dos protocolos sanitários específicos para cada setor.

DECRETO MUNICIPAL

NA PRÓXIMA SEMANA

Quanto a retomada gradual das demais atividades econômicas, a partir do dia 24, será avaliada, na próxima semana, pelo Comitê Municipal de Gestão de Crise da Covid para, pos­teriormente, publicar um novo decreto municipal com o detalhamento do funcionamento dos setores autorizados.

Com a mudança, o comércio em geral que só era autorizado a abrir a partir da fase laranja, vão poder operar já neste final de semana. O toque de recolher, das 20h às 5h, foi mantido.

A decisão foi tomada a­pós uma leve queda na ta­xa de internações por Co­vi­d-19 no estado, que está com ocupação em torno de 85% nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) – para especialistas, isso ainda indica uma situação crítica do sistema de saúde. Além disso, abril já é o segundo mês com mais mortes por Covid em SP desde o início da pan­de­mia.

FASE TRANSITÓRIA

VAI LIBERAR QUASE

TUDO DIA 24

Definida pela gestão estadual como uma “fase tran­sitória”, a medida prevê a liberação gradual de outros setores da economia ao longo de duas semanas. Em 24 de abril poderão voltar a operar restaurantes, salões de beleza e academias. Os parques serão abertos na mesma data, ainda sem horário definido.

A alteração nos critérios de reclassificação ocorreu sete di­as depois do anúncio de que o estado deixaria a fase emer­gencial, a mais restritiva, que vigorou de 15 de março a 11 de abril, e em meio a altos índices de casos e mortes pe­lo coronavírus.

O comércio em geral poderá ter atendimento pre­sen­cial a partir deste domingo (18), das 11h às 19h, com público limitado a 25% da capacidade total.

ATIVIDADES RELIGIOSAS

A PARTIR DESTE DOMINGO

Cultos, missas e outras atividades religiosas coletivas podem ocorrer também a partir deste domingo (18), com dis­tancia­mento e controle de acesso.

Restaurantes e lanchonetes podem ter atendimento pre­sencial apenas a partir da outra semana, no dia 24 de a­bril, das 11h às 19h, com 25% da capacidade total.

Bares não estão liberados para ter atendimento pre­sencial, mas podem o­perar como restaurantes (público sentado, serviço de alimentos para acompanhar bebidas) – neste caso, devem seguir as regras de restaurantes a partir do dia 24 de abril.

Salões de beleza e cabeleireiros podem ter atendimento presencial a partir de 24 de abril, das 11h às 19h, com 25% da capacidade total.

Cinemas, teatros, museus, eventos e convenções podem funcionar partir de 24 de abril, das 11h às 19h, com controle de a­cesso, público sentado, assentos marcados e 25% da capacidade.

ACADEMIAS

SÓ APÓS DIA 24

Academias, clubes e centros esportivos podem fun­cionar também a partir de 24 de a­bril, das 7h às 11h e das 15h às 19h, apenas para atividades físicas individuais a­gen­dadas, com 25% da capacidade total.

Parques serão abertos a par­tir de 24 de abril, mas o horário ainda não foi definido.

A limitação do público para até 25% da capacidade total de cada estabelecimento é u­ma criação desta nova fase de transição. Na fase laranja, os serviços poderiam operar com até 40% da capacidade.

LIMITAÇÃO DA

CAPACIDADE

É UTOPIA

Na prática, no entanto, a limitação da capacidade máxima não é fiscalizada nos estabelecimentos autorizados a operar.

A vigilância estadual fo­ca a fiscalização no uso o­brigatório de máscara, enquanto as vigilâncias municipais se ocupam principalmente do cumprimento dos horários. Restrições como distan­ci­amento entre clientes e o­cupação máxima, na prática, são recomendações aos setores.

O coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbar­do, destacou o limite de até 25% na capacidade e disse que a criação da fase de tran­sição evitou que algumas regiões flexi­bi­lizas­sem ainda mais a quarentena. Os indicadores de pelo menos quatro regiões do estado, contudo, ainda são com­patíveis com a fase vermelha.

TRANSIÇÃO EM

TODO O ESTADO

“Se nós não tivéssemos criado essa fase de transição, algumas regiões estariam passando para a laranja, provavelmente a Grande São Paulo. O governo entendeu que essa passagem para a fase laranja tinha um risco maior”, disse Gabbardo.

“Optou-se por fazer uma fase de transição, que todo o estado continua com u­ma uniformidade, que facilita o controle e que as pessoas não saiam de uma região para buscar um serviço que está aberto em outra. Tudo isso foi feito exatamente no sentido de bus­car mais segurança.”

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Pa­trícia Ellen, afirmou que esse período vai mostrar a capacidade da população de trabalhar junto.

“Para que possamos fazer essa retomada com segurança, sem perder todo o esforço realizado, nós estamos trazendo essa fa­se de transição, esse período de duas semanas que vai mostrar a nossa capacidade de trabalhar junto pela ciência da saúde, pela ciência da economia, pela ciência humana”, disse Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico.

O coordenador do centro, Paulo Menezes, disse que a fase de transição não deve ser um estímulo para que as pessoas saiam de casa, apesar da flexibiliza­ção de diversos setores.

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