07 de março | 2010

Geninho diz que os médicos foram receptivos à mudança

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O prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, informou que parte dos médicos que realizam os plantões de disponibilidade ou plantões à distância, foram receptivos à mudança de comando do hospital, através da intervenção que decretou na Santa Casa de Olímpia. “Falamos com alguns profissionais e eles foram receptivos à mudança”, segundo a informação passada à imprensa na sexta-feira, dia 5.


Embora haja outras motiva
ções, a mudança administrativa foi determinada pelo promotor dos Direitos Constitucionais do Cidadão, Gilberto Ramos de Oliveira Júnior, após a paralisação do corpo clínico. Apenas casos de urgência e emergência estão sendo atendidos. “São repassados R$ 65 mil mensais. O valor não muda. Nosso papel será gerenciar”. A intervenção vai durar 90 dias. Se necessário, o prazo pode ser estendido.

O prefeito informou também que mesmo com a intervenção, não haverá acréscimo nos repasses já feitos pela prefeitura na instituição. Atualmente, são repassados R$ 65 mil mensais. “O valor não muda. Nosso papel será gerenciar”, enfatizou.

A intervenção na direção do hospital foi anunciada no início da tarde da quinta-feira, dia 4, por volta das 13 horas, por uma emissora de rádio local que consta ter ligação estreita com a prefeitura, quando afirmou desconhecer qualquer acordo firmado pelos médicos com a Santa Casa.

“Desconheço qualquer protocolo nesse sentido. Essa questão vem se arrastando há várias semanas, participei e me desgastei muito em mais de cinco reuniões com os médicos, com o Ministério Público, com toda a equipe que envolve a Santa Casa. Meu prazo que a justiça deu através do Ministério Público foi até ontem (4.ª feira), às cinco horas da tarde”, avisou.

Acrescentou: “Eu ainda insisti, por volta das quatro e meia da tarde, falei com o doutor Gilson Delgado, falei com o doutor Márcio Ikegami, que representam os médicos e eles ainda não tinham uma posição, iriam ter reuniões. Enfim, o meu prazo era ontem, liguei para o doutor Gilberto ele falou olha o seu prazo é hoje, então não tive como escapar dessa situação”.

Geninho explicou que a intervenção é por um período provisório para que se restabeleça essa questão da “greve dos médicos” (sic) e outras irregularidades apon­tadas pelo promotor na recomendação que lhe fez, como a questão administrativa da Santa Casa e problemas com a UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

“O decreto prevê 90 dias e pode cessar a intervenção antes, desde que as questões sejam sanadas, como pode ser prorrogado por mais 90. O mais importante é restabelecer a situação do hospital, deixar com os plantonistas. Vamos a partir de agora, da intervenção, fazer toda a negociação com a classe médica”, observou.

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