13 de abril | 2009

Geninho diz que diretor veio para sanar e não privatizar DAEMO

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O prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, afirmou na tarde de ontem, durante entrevista exclusiva à reportagem desta Folha, que o administrador, Valter José Trindade, há cerca de 20 dias no cargo de superintendente geral do DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia), foi convidado para sanar e não privatizar a autarquia. Em resposta a comentários que circulam nos meios políticos sobre a possibilidade, ele explica que a finalidade é modificar a política administrativa para evitar a necessidade de buscar recursos com a iniciativa privada.

"O Valter é o sonho de qualquer prefeito do interior que queira montar uma autarquia e começar a recuperar. Aposentado da Cesp, energia e água, são segmentos muito parecidos, tocou a SAEV de Votuporanga 8 anos e as referências são as melhores possíveis. Meu companheiro de partido, é uma pessoa que está se esforçando para poder se deslocar da família e fazer o DAEMO se reestruturar", afirma.

Geninho justifica que sem a mudança de política administrativa "daqui a três ou quatro anos, não teria outra saída a não ser buscar investimentos na iniciativa privada. Ainda como vereador, nós mudamos a Lei Orgânica do Município que para privatizar o DAEMO precise de dois terços dos votos".

Ele conta que, inclusive, quando nem era vereador, ajudou o ex-vereador Vicente Augusto Baptista Paschoal, Guga, a fazer a campanha "DAEMO é nosso: Meu compromisso de campanha continua na mesma esteira e o Valter acha que em dois anos o DAEMO dá uma reviravolta e a qualidade da água do município melhore bastante".

Para tanto, afirma que contará com o Projeto "Água Limpa", do governo estadual, e a Funasa, do governo federal, para fazer os investimentos necessários para tratar o esgoto e produzir uma água de boa qualidade.

Um dos passos, segundo explicou, é isolar o DAEMO da prefeitura, para que a população o enxergue como uma empresa e não como um braço subsidiado pela Prefeitura: "Temos que cobrar a água, temos que cortar de quem não paga e temos que encarar como empresa. Vamos criar uma legislação para quem tem renda baixa pagar o mínimo possível".

O prefeito avisa que a partir do momento que é administrado politicamente, vereadores pedem para não cortar a água dos amigos, o amigo do prefeito pede para não fazer uma cobrança de um amigo: "isso não está certo".

"Vamos fazer todos os esforços para daqui a dois anos deixar o DAEMO com uma capacidade muito boa e nunca passou pela minha cabeça e nem vai passar a hipótese de privatizar. O Valter veio para Olímpia com a missão de resgatar a qualidade da água, tratar o esgoto e dar a verdadeira filosofia de uma empresa comum", reforça.

Por outro lado, com a construção de uma sede na ETA, o atual prédio será utilizado para instalar, provavelmente, o gabinete do prefeito. Já a alteração para o pagamento apenas em agências bancárias, ele explica: "hoje não existe mais funcionário público mexer com dinheiro vivo".

 

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