19 de abril | 2009

Geninho admite levar lixo para aterros de outros municípios

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 Depois da visita do secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo a Olímpia, na quarta-feira, dia 15, o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, admitiu a idéia de passar a tratar o lixo doméstico recolhido na cidade, em aterros sanitários já implantados em outros municípios.

Durante entrevista que concedeu à imprensa, ele alegou, além das dificuldades financeiras para a implantação de um aterro regularizado, o custo está estimado em mais de R$ 4 milhões, além da aquisição do terreno, o debate político que gerou o reajuste da Taxa de Lixo estipulado no início deste ano.

Ao responder sobre o anúncio da ‘tolerância zero’ feito por Graziano durante o encontro, acerca dos aterros irregulares, os chamados ‘lixões’, quem não cumpre a lei, Geninho afirmou que Olímpia se enquadra neste cenário e que se vê como uma situação triste.

“Isso porque, primeiramente, temos apenas uma pré-licença ambiental e para que essa licença se concretize precisamos comprar uma área. Depois disso, são necessários R$ 4 milhões de investimentos. Por isso, estou pensando seriamente em por um ponto final na questão do lixo de Olímpia e colocarmos num aterro de fora, porque se demorarmos de cinco a 10 anos para construirmos esse aterro, pelo menos serão 10 anos de lixo a menos”, justificou.

Mesmo assim, garante que o tratamento do lixo também é prioridade: “Desde o início de meu governo tenho dito, inclusive gerando polêmica, como é o caso da taxa de lixo, da necessidade de um aterro sanitário devidamente dentro da lei, que a minha prioridade vai ser o meio-ambiente, entre outras coisas. Mas não posso deixar de cuidar do esgoto, tratar do lixo e dos mananciais, e a visita do Chico Graziano em Olímpia é muito importante, para que eu possa relatar para ele o estado caótico em que se encontra o município”.

Entretanto, ressalta: “talvez as pessoas que encontro nas ruas, que tropeçam em buracos, ainda faltam tapar buracos, que vai de casa ao trabalho ou levar o filho na escola, não têm a dimensão do problema do meio-ambiente. É um problema que não está a olho nu, para se ver a qualquer momento”.

Geninho aponta os problemas gerados pelo ‘lixão’ de Olímpia: “é um lixão que está com urubus, é a falta de aterro sanitário, é o problema do lençol freático, é o tratamento de esgoto que volta para o rio Olhos D’água. São questões que, nós que somos uma geração diferente, temos que culpar a geração passada pela situação que nós estamos vivendo. Nós temos que fazer a nossa obrigação e cuidar do meio ambiente”.

Durante a entrevista Geninho citou a possibilidade de enviar o lixo coletado na cidade para ser tratado no aterro sanitário de Onda Verde: “você começa a colocar (lá) e não cresce esse lixo, até você conseguir os investimentos para tratar o que já jogaram durante 106 anos. Então, estou pensando seriamente em parar de crescer o ativo ambiental, já melhora a nossa pontuação na Secretaria, já entra na política do governo do estado que é a tolerância zero, que eu acho que ele tem toda razão”.

 
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