10 de setembro | 2013
GAECO pede mais prazo para devolver equipamentos e documentos apreendidos durante a operação Fratelli
O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) de São José do Rio Preto pediu à Justiça de Fernandópolis mais 60 dias para concluir as investigações contra a chamada Máfia do Asfalto, desbaratada pela operação “Fratelli” em abril. O juiz da 1ª Vara Criminal de Fernandópolis, Evandro Pelarin, havia dado prazo até a segunda-feira, dia 9, para que os promotores do GAECO devolvessem aos investigados equipamentos e documentos apreendidos na operação, como computadores e arquivos de mídias.
O grupo é suspeito de fraudar licitações em pelo 78 municípios em valores que chegariam a R$ 1 bilhão. O pedido de mais prazo foi feito pelo promotor Evandro Ornelas Leal e deverá ser analisado por Pelarin na terça-feira, dia 10.
O pedido do GAECO tem como objetivo é consolidar a ação por fraude em licitações de pavimentações asfálticas nas prefeituras que teriam favorecido, principalmente, empresas ligadas ao
Grupo Scamatti, comandado pelos irmãos Dorival, Edson, Mauro, Olívio e Pedro, cujas iniciais formam o nome da empresa Demop.
Até o momento, o GAECO de Rio Preto não ingressou com nenhuma ação criminal contra os integrantes da máfia, que tem como seu líder o empresário Olívio Scamatti, que continua preso no Centro de Detenção Penitenciária (CDP).
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) também investigam o caso, que já resultou em oito ações penais na Justiça Federal por desvio de recursos da União.
Na esfera Cível, o MP já ingressou com ações de improbidade, como em Palestina, por conta de suposto favorecimento ao grupo na liberação de loteamento, o que é negado pelo prefeito Fernando Semedo.
A investigação envolve prefeitos e ex-prefeitos da região de Rio Preto, deputados estaduais e federais, que foram citados em interceptações telefônicas feitas com autorização da Justiça.
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