A idade avançada da frota de ambulâncias da Secretaria Municipal de Saúde de Olímpia, que gera gastos excessivos com a manutenção, inclusive encarecendo muito o transporte de doentes, foi um dos motivos apontados pelo secretário Giovanni Baptista da Silva Júlio, na terça-feira (29) desta semana, para justificar a opção por mais viaturas de transporte convencional deixando de lado a oferta feita pela Secretaria Estadual de Saúde de uma viatura dotada de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), a chamada UTI Móvel.

Júlio explicou que foi realmente consultado, cerca de seis meses atrás, pelo Departamento Regional de Saúde de Barretos a respeito da viatura, porém, optou por confirmar os pedidos feitos há mais de dois anos para que recebesse novas viaturas de transporte convencional.

"Há dois anos, por conta da idade da frota de ambulância, por conta do excesso de gastos na manutenção, apesar do serviço prestado à população através do setor de viaturas da secretaria municipal de saúde, um número muito grande de atendimentos e frota muito antiga e, naquela ocasião, infelizmente, houve um acidente com vítima fatal, houve perda total de uma das nossas ambulâncias, inclusive uma das mais novas, fizemos um pedido para fazer gestão junto a Secretaria Estadual, para que disponibilizasse ao município de Olímpia uma ambulância pra repor essa que havia sido perdida e pra compor, de maneira melhor ainda, nossa frota de veículo", disse.

Entretanto, nega que a opção represente uma rejeição pela dotada de UTI Móvel: "Nós, acho bastante claro, que em momento nenhum, ninguém da administração pública vai negar a necessidade de uma UTI móvel para o município de Olímpia. Houve apenas a priorização de necessidades".

Ele ressaltou que os custos de manutenção da viatura em questão, que tem de ser dotada, além do equipamento, de um médico especializado e enfermeira sempre à disposição, é alto para a Secretaria Municipal de Saúde.

"No momento o custo de manutenção com médico, enfermeiro, motorista, tudo isto o atendimento de montagem de uma UTI móvel, custa muito caro para o município. O município teria que bancar e eventualmente o uso deste tipo de viatura, apesar da gente ter conhecimento como todo mundo, só que a gente ter o conhecimento do ponto de vista técnico e administrativo, que essa viatura é de grande necessidade para a população, mas no momento a necessidade é superada pela necessidade de ambulância de transporte comum que inclusive é a nossa meta de estar renovando e diminuindo os gastos", reforçou sua tese. E acrescentou: "Mas acredito que houve apenas uma interpretação e em momento nenhum, ninguém é imbecil e idiota a ponto de falar que o município não precisa. Somente um imbecil, um idiota pode pensar ou falar uma coisa dessa. Nós, em momento nenhum pensamos e muito menos falamos ou escrevemos o que o município não precisa".