Embora ressaltando que espera que o seu partido, o PMN (Partido da Mobilização Nacional), consiga fazer uma coligação com outro partido e que este possa indicar o vice, o frei franciscano Flaerdi Valvassori (foto) confirmou na manhã da quarta-feira desta semana, dia 23, que colocou o seu nome à disposição da ex-provedora da Santa Casa de Olímpia, Helena de Souza Pereira, para disputar o cargo de vice-prefeito de Olímpia nas próximas eleições.

A notícia, veiculada pela rádio menina AM e por este jornal no sábado, dia 19, repercutiu intensamente a ponto de o fato ter a sua veracidade questionada principalmente na Internet. No dia 23, o frei, que atualmente é superior da Ordem Franciscana, na sede de São José do Rio Preto, veio a público explicar em entrevista que concedeu ao jornalista Willian Antônio Zanolli.

Na entrevista, levada ao ar pela rádio Menina AM, Flaerdi Valvassori explica que se filiou ao partido porque trabalhou junto com Helena quando ela assumiu a direção da Santa Casa e também destacou o trabalho dela à frente do hospital.

“Fui convidado sim para compor a chapa como vice-prefeito, como pré-candidato. Eu sei que isso tem muitas responsabilidades em jogo. Eu me coloquei a disposição do partido devido a confiança e do perfil da Helena”, afirmou.

Mas frei Flaerdi diz que é importante nesse momento a adesão de outros partidos. “É importante ganhar força ao redor de um nome forte como o da Helena. Eu me dispus a oferecer o meu nome sim para o partido, mas espero confiante de que outros partidos queiram se juntar a essa nova proposta”.

“Quanto a se efetivar isso vai depender daquilo que é a melhor opção para que possamos oferecer à cidade uma boa gestão futura. Eu acredito no processo democrático de que não é a opção de uma pessoa aquilo que importa, mas é conseguir o bem melhor da população. Eu não deixei de escolher o meu partido e como filiado do PMN eu vou estar ao lado, vou estar apoiando, mas agora estou a espera daquilo que seja o melhor. Qual vai ser a melhor situação. Eu sei que eu tenho meus compromissos e que possa parecer estranho na atual conjuntura um religioso entrar no campo da política, mas eu acredito na participação de todo cidadão e que a política não é apenas para um ano, o ano eleitoral”, acrescentou.

Ainda comentando a situação ocorrida, Valvassori disse: “Nós estamos a oferecer agora as possibilidades. É claro que eu deixei sim à Helena a possibilidade do meu nome. Mas espero que haja uma maior participação para que se possa compartilhar esse momento com outros partidos que queiram se juntar a nós”.

“Quanto maior for a participação, quanto maior for a diversidade daqueles que se colocam para o mesmo objetivo, vejo que isso é o ideal”, afirmou demonstrando claramente que espera por uma coligação com outros partidos, criando a possibilidade de poder ouvir muito mais a população. Temos que ajudar a população a viver esses tempos novos que estamos vivendo. Por isso participamos, não com o desejo de ser eleito ou não, para ter um cargo político, um salário assegurado. Isso é desprezível em quem pensa apenas desse jeito, mas para descobrirmos formas de fazer a cidade ideal acontecer. A cidade onde haja o respeito à saúde, aos direitos de cada um, onde sejam promovidas a justiça e a segurança, onde a população seja ouvida e participe não apenas no ano eleitoral, mas em todos os anos da gestão”.

O frei diz que apoia a Helena porque ela representa na cidade um grupo crítico, um grupo que não apenas critica, mas que vê a realidade de uma forma concreta e busca soluções sérias para os problemas. “E a Helena não é uma pessoa de promessa, é uma pessoa que corre atrás e faz acontecer. Por isso dou meu apoio”, finaliza.