22 de maio | 2011

Filha diz que pretende processar a Santa Casa

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De acordo com Carla Roberta Morelli Ruralli (foto), filha do faxineiro Luiz Carlos Rurali, que faleceu na madrugada do dia 10 de maio, a médica plantonista da Santa Casa, Mariana Stanford C. Jacob, havia perguntado se ele já teria, anteriormente, sofrido algum infarto. Esse um dos motivos, segundo ela, de querer processar a Santa Casa judicialmente.


A afirmação foi feita durante entrevista concedida na manhã desta sexta-feira, dia 20. Segundo ela, era o primeiro dia de trabalho do pai, na função de faxineiro, no Iquegami Supermercados.


Por isso, diz não entender porque não foi solicitado nenhum exame específico. “Ela tinha que no mínimo ter pedido um eletro porque esses são sintomas de infarto. Tanto que da primeira vez ela perguntou se ele já tinha tido um. Não, nunca teve no passado. Mas seria preciso ter tido um infarto para ela pedir um eletro ou coisa assim?”, questionou.


A filha contesta até mesmo a forma como o pai foi liberado na primeira vez que passou pelo pronto socorro e, depois de uma rápida consulta e medicação foi liberado logo em seguida, até com atestado de aptidão para o trabalho, para ir embora.


“Meu pai tinha melhorado um pouco e, ai viu que ninguém estava lá para falar nada, perguntou se podia ir embora. Ela falou que podia sim porque o que ele tinha era uma crise de estresse”, comentou.


Carla pensa que o pai até falou que já se sentia bem para poder ir embora, mas a médica é que não deveria ter liberado. “Ela que deveria saber se ele podia ir embora ou não”, disse.


Depois que Rurali faleceu, conta a filha que questionou a médica do porque o tinha liberado na primeira vez e que ela respondeu apenas com acenos de cabeça e mãos e alegou que “ele falou que ele estava bem”.


“Porque às vezes ela poderia ter salvado ele. Acho que faltou, assim, um pouquinho mais de atenção, mais cuidado. Às vezes poderia tê-lo salvado e ele ainda estaria aqui com a gente”, lamentou.


Embora com a necessidade de um advogado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ela pensa em processar a Santa Casa. “Porque a gente é humilde e não tem dinheiro para pagar um advogado, mas a gente quer seguir adiante para que outras famílias não venham passar pelo o que a gente passou. Porque é muito triste”, enfatizou.

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