02 de maio | 2020

Fila para receber auxílio na CEF ocupou quase três quarteirões na quinta-feira

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SACRIFÍCIO PARA SOBREVIVER!       Mais de 200 pessoas se aglomeraram em fila na quinta-feira.

Os sistemas colocados à disposição da população não funcionaram e as pessoas estão tendo que ir ao banco oficial desde o início da distribuição do auxílio.

Uma fila que praticamente ocupou quase três quarteirões, utilizando toda a extensão da quadra da 9 de Julho onde está a Caixa Econômica Federal, dobrando à direita para rua Joaquim Miguel dos Santos e chegando ocupar mais de meio quarteirão da Américo Brasiliense, se formou composta em quase sua totalidade de pessoas em busca do auxílio de R$ 600 do governo federal.

O programa Cidade em Destaque, pelo Facebook e pelo Youtube, mostrou imagens do local por volta das 10 horas da quinta-feira, 30, onde encontrava-se a diarista Andressa Fernanda Teixeira que estava aguardando a sua vez, com mais de 30 pessoas à sua frente, desde às 6h40. “Estou esperando para pegar o auxílio meu que foi aprovado. Não tenho como pegar em outro lugar porque não consigo solicitar o código para ter acesso para a retirada do dinheiro”, explicou.

VOCÊ ENTRA NO SISTEMA E DÁ SEMPRE NEGADO

E complementou: “A gente corre risco também. Eu acho que deveria ter um outro jeito da gente receber, de uma outra forma, mas você entra no sistema e dá sempre negado. A gente não consegue acessar o site.”

Já Alan Henrique de Oliveira Ramos, que está desempregado estava na fila desde 7 horas e a uma distância de mais de 50 metros da entrada do banco.

Ele disse que estava com medo da fila, pois estava usando máscara, assim como grande parte das pessoas que estavam na fila. Dezenas, no entanto, não estavam e nem respeitavam a distância de 1h30. Mas estava na fila, pois necessitava urgente do auxílio e não conseguia receber de outra forma.

FILA OCUPOU MAIS DA METADE DA AMÉRICO BRASILIENSE

Larissa Carlos Viviane de Oliveira, que estava distante mais de 200 metros da CEF, no meio do quarteirão da Américo Brasilense, declarou que acreditava que iria sair do local por volta das 16 horas.

“Não consegui pelo aplicativo e ontem eu vim aqui eram duas horas da tarde e eles tinham acabado de distribuir uma senha. Eu não pude entrar no banco. Eles pararam de distribuir a senha as dez pras duas e eu cheguei às duas horas e eles não me deram a senha”, enfatizou.

“FICO COM MEDO, MAS PRECISO RECEBER O AUXÍLIO”

Sobre a situação ela afirmou que achava uma catástrofe: “Não é para gente ficar em aglomeração, mas olha o tanto de gente que está na rua para receber. Eu fico com medo, mas tenho filho pequeno, a minha avó é idosa. E eu preciso receber esses 600 reais.”

E concluiu: “Estou desempregada. O meu marido é doente e não recebe e preciso receber, porque não tenho renda nenhuma.”

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