11 de dezembro | 2012

Família terá de pagar consulta particular para conhecer situação real de filha atropelada por fusca na madrugada de domingo

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A família da vendedora Ana Carolina Neves Damião, de 18 anos de idade, moradora da Rua do Papagaio, número 69, no Jardim Antônio José Trindade, conhecido por COHAB I, na zona sudeste da cidade, terá de pagar uma consulta particular para conhecer a real situação da saúde da filha.

Isso porque mesmo depois de constatada uma fratura no quadril, o médico que a atendeu pela segunda vez na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a liberou para fazer o tratamento em casa, mesmo antes de fazer exames complementares.

No início da tarde desta terça-feira, dia 11, Vanusa Neves Damião, mãe de Ana Carolina, afirmou ainda não saber se os ferimentos chegaram ou não a afetar a coluna da filha.

“Por isso que vou levar ela no Dr. Ricardo para fazer outros exames para ver como está. Se precisa internar ou não. Vou pagar uma consulta particular”, explicou

Tanto o pai da garota, Leo Damião, quanto a mãe, não foram informados sobre as causas da alta médica que pode ser considerada precoce.

“Eu não sei. Ela passou pelo médico e foi liberada”, disse o pai. “Ele (médico) liberou ela lá da UPA”, diz a mãe. Na insistência da reportagem a mãe acrescentou: “Não sei. Falou que poderia mandar para casa”.

De acordo com a mãe de Ana Carolina, a filha está na casa da avó praticamente como se estivesse internada em um hospital. Segundo Vanusa Damião, a menina tem recebido cuidados de uma enfermeira e uma técnica de enfermagem que trabalham na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro, denominada Dr. Waldomiro Paiva Luz, localizada na confluência dos Jardins Antônio José Trindade e Luiz Zucca, COHAB I e II, respectivamente, na zona sudeste da cidade.

E a atuação dessas enfermeiras a domicílio leva a crer que a situação é de conhecimento da Secretaria Municipal de Saúde. Mas também leva a crer que ao que tudo indica alguma coisa muito estranha está acontecendo na saúde pública local, principalmente com as decisões tomadas a partir de profissionais que atuam na UPA, inaugurada pelo prefeito Eugênio José Zuliani no dia 30 de junho deste ano, poucos dias antes do início oficial da campanha eleitoral visando a sua reeleição.

Também de acordo com a mãe, Ana Carolina foi liberada da UPA por duas vezes. A primeira foi por volta das 9 horas do domingo, menos de seis horas após o atropelamento, ainda sem o diagnóstico da fratura na bacia.

Ana Carolina foi levada de ambulância para sua casa, mas no decorrer do dia começou a ter vômitos e não conseguia mexer a perna. Por isso, foi levada no mesmo dia, por vota das 17 horas, de volta para a UPA onde permaneceu até no final da manhã da segunda-feira, por volta das 12 horas, sendo liberada novamente, mas desta feita indo para a casa de sua avó, em razão de tanto o pai quanto a mãe trabalharem fora, ele durante a noite e ela durante o dia.

O ATROPELAMENTO
Consta que Ana participava de uma festa denominada “Vá Tomar no Fusca”, que sorteava um fusquinha cheio de cerveja e foi realizada no Recanto Bela Vista, Distrito Industrial, e teria sido vítima de um atropelamento na madrugada do domingo, dia 9, por volta das 3h30.

Ela teria sido atropelada pelo fusca sorteado que era conduzido pelo mecânico Guilherme Gonçalves Oblonczyk, de 22 anos de idade, morador do Jardim São Francisco. Embora não tenha sido o ganhador do carro, consta que estava dirigindo o mesmo para seu amigo que foi o ganhador, mas não seria habilitado.

O atropelamento teria ocorrido depois de ter saído com o carro do local da festa e já trafegava pela Rua Bela Vista, quando um grupo de jovens teria subido no carro e atrapalhado a visão do motorista.

Segundo consta na polícia, Guilherme não teria visto a vendedora que caiu embaixo do fusquinha e a teria sido arrastada por alguns metros. Com muitas escoriações pelo corpo todo, Ana foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e medicada na UPA de onde foi liberada na manhã do domingo.

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