Sem um mínimo de en­tro­samento entre as secretarias municipais envolvidas no processo, a Prefeitura Municipal de Olímpia estaria encontrando dificuldades que prejudicariam o mu­­tirão de combate a escorpiões e mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue e das febres Zica e Chikungunya. A essa conclusão se pode chegar após uma declaração feita pelo funcionário responsável pelo setor de Con­trole de Endemias, José Roberto Fíga­ro.

“Já passei para o fiscal de postura isso daí, porque quanto a essa parte de entulho, do muro para dentro, quem tem que fazer essa parte é o fiscal de postura. Já foi passado para eles”, respondeu durante uma entrevista que concedeu a uma emissora de rádio local.

A resposta surgiu ao ser questionado por uma ouvinte a respeito de um terreno (foto) que está com muito entulho e mato ao lado da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Dr. Francisco Figueiredo, no Jardim São José, na zona sul de Olímpia.

Essa UBSF foi inaugurada pelo prefeito Eugênio José Zuliani em meados de 2015, mas o problema já existia e foi mostrado por esta Folha ainda em agosto de 2014.

Um exemplo de que isso esteja ocorrendo realmente é o fato de que ainda nesta sexta-feira, dia 8, a situação continuava a mesma, ou seja, sem que uma limpeza adequada fosse realizada no local.

Durante a entrevista, a ouvinte telefonou à emissora cobrando a situação e questionou se o imóvel não pertenceria à Prefeitura Municipal de Olímpia. “Eu acho que esse terreno não é da Prefeitura. Eu acho”, respondeu.

Mas afirmou que o caso já havia sido passado para o fiscal de postura que está ligado à Secretaria Municipal de Finanças, o que demonstraria que a Prefeitura passou por uma organização bastante desorganizada, on­de as coisas funcionam como cada um estaria desejando. “Já passei para o fiscal de postura isso daí, porque quanto a essa parte de entulho, do muro para dentro, quem tem que fazer es­sa parte é o fiscal de postura. Já foi passado para eles”, enfatizou.

O terreno baldio está localizado na Avenida Júlio Ferrante, número 439, cujo muro faz fundo ao anexo da UBS. No local há muitos entulhos provenientes de desmanche de um imóvel que existia ali e, não bastasse o entulho há também muito mato, onde serve de cria­do­uro de ratos, es­corpiões e mosquito da dengue.