29 de outubro | 2023

Ex-vereadora e agora assessora do prefeito protocola pedido de cassação de Iquegami na Câmara Municipal

Compartilhe:

CAPA PRETA OU CAPA BRANCA?
Alegações de agressão física e quebra de decoro parlamentar em plena sessão colocam em xeque a conduta do vereador Márcio Iquegami. Ele diz que não teve intenção alguma de ofender o colega de Câmara.

 

Na última quinta-feira (26), a Câmara Municipal de Olímpia recebeu uma denúncia que já era esperada pelos vereadores e pelos apreciadores das nuanças da política local. Alessandra Bueno, ex-vereadora cassada por ordem do prefeito e hoje assessora de gabinete dele, apresentou formalmente o pedido de cassação do vereador Márcio Iquegami.

A base da denúncia gira em torno de um incidente ocorrido durante a sessão do dia 23, onde o vereador Iquegami é acusado de agredir fisicamente o vereador Heliton de Souza, conhecido como “Lorão”. A sessão tinha como pauta a instalação da CEI das Terceirizadas, onde “Lorão”, seguindo orientações do prefeito, votou a favor do arquivamento. Já Iquegami assinou e votou a favor da abertura do processo de investigação.

AGRESSÃO FÍSICA É FALTA DE DECORO

Alessandra Bueno, em sua denúncia, enfatiza a quebra de decoro parlamentar e a agressão física, citando dispositivos legais como respaldo. De acordo com o Art. 7° do DL 201/1967, a Câmara tem competência para julgar e processar membros por quebra de decoro e violações do Regimento Interno.

Ela apresenta uma fotografia que capturaria o momento da agressão. Esta imagem, descreve a denunciante, “desmonta qualquer versão contrária” e evidencia a “covardia” do vereador Iquegami.

A situação, ainda segundo a denúncia, está enquadrada também na Resolução 159 de 2008, Art. 5°, que estabelece como falta contra a Ética Parlamentar “desacatar ou praticar ofensas físicas ou morais” contra outros vereadores ou cidadãos presentes em sessões da Câmara.

EX-VEREADORA CASSADA QUER AÇÃO RÁPIDA DA CÂMARA

Alessandra Bueno solicita uma ação rápida da Câmara, pedindo a instauração de uma Comissão Processante. O objetivo é investigar os acontecimentos e, se comprovadas as alegações, aplicar a pena de perda de mandato ao vereador Márcio Iquegami.

À medida que o caso se desenrola, uma coisa é clara: Olímpia está em um momento decisivo. A Câmara Municipal enfrenta a tarefa não apenas de avaliar as evidências, mas também de restaurar a fé dos cidadãos no sistema político.

O QUE DIZ IQUEGAMI

O vereador Márcio Iquegami, consultado pela Folha, afirmou que não teve intenção de fazer qualquer tipo de agressão ao seu companheiro de Câmara. Ao contrário, afirmou que é costume entre eles o cumprimento que ficou conhecido como “Pedala Robinho”, por ter sido muito utilizado pelo jogador de futebol.

Márcio disse que não tem nenhuma rixa ou qualquer sentimento negativo contra “Lorão” e que inclusive tentou falar com ele após a sessão após saber que a ex-vereadora estava divulgando que este teria agredido o colega, mas até a sexta-feira não havia conseguido pois este acabou viajando para Brasília.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas