10 de agosto | 2010
Estiagem já começa preocupar pescadores do Rio Grande
A estiagem dos últimos dois
meses, principalmente, já começa a preocupar os habitantes das margens do rio
Grande, região norte do Estado de São Paulo. Em Guaraci, por exemplo,
pescadores já demonstram insatisfação com o nível da água na represa de
Marimbondo.
A estiagem já afetou o
trabalho dos moradores que sobrevivem da pesca. Gleverton Andrade de Lacerda,
32, que afirma que neste ano a seca chegou antes e com maior intensidade.
“Em novembro do ano passado,
a área seca do rio Grande não era nem a metade da situação de hoje. Se isso
continuar, não sei como vou fazer para trabalhar", afirmou ao Caderno
Ribeirão, da Folha de São Paulo.
A situação é semelhante no município de Colômbia, divisa com Minas Gerais, onde
a falta de chuva baixou o nível do rio Grande em cerca de quatro metros. Para o
pescador José Cláudio Silva, 31, a situação pode se agravar.
"Ainda estamos em agosto
e já estou com dificuldades para navegar em alguns trechos do rio Grande. Se
isso continuar até novembro, mês que costuma ser o mais seco do ano, vamos ter
muitos problemas", reclama
Segundo o jornal, do dia 1º de junho até na segunda-feira, dia 9 de agosto,
choveu apenas 11,8 milímetros na área dos reservatórios da região.Segundo Marcelo Schneider,
meteorologista do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), não há
previsão de chuva nos próximos dez dias. A falta de chuvas também acende um
alerta para as usinas hidrelétricas da região.
ENERGIA ELÉTRICA
Os níveis dos quatro
reservatórios da região, que respondem por cerca de 30% do fornecimento de
energia elétrica do Sudeste e Centro-Oeste do país, ainda estão dentro do
esperado. Mas se a seca continuar nos próximos meses, pode haver problemas de
abastecimento.
Na segunda-feira a Folha de
São Paulo esteve na Usina Hidrelétrica de Porto Colômbia. Segundo a empresa
Furnas, que administra o local, o reservatório está com 61,5% de sua
capacidade.
Na Usina de Marimbondo, o
volume total do reservatório está em 55,6%. É o menor índice desde 2006, quando
o nível chegou a 35,4% nesse período.
De acordo com o ONS (Operador
Nacional do Sistema Elétrico), os reservatórios das outras duas usinas de
região, Água Vermelha e Mascarenhas de Moraes, estão com aproximadamente 69% e
79% de suas capacidades, respectivamente.
Ainda segundo o ONS, a região está no período de seca,
mas não há riscos de falhas no abastecimento elétrico nesse momento.
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