18 de abril | 2021

Entidades de jornalistas formam comissão para monitorar atentado ao editor da Folha

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TODOS JUNTOS!
03 entidades internacionais e 02 nacionais
juntas monitorando atentado a liberdade de
imprensa.
Comissão com cinco entidades já
conseguiu fazer videoconferência
com promotor local.

Duas entidades representativas de jornalistas brasileiras e três internacionais que trabalham na proteção destes profissionais em situação de risco, se reuniram na quarta-feira, 14, em video­conferência e resolveram se juntar para acompanhar o andamento das investigações do atentado terrorista sofrido por este jornal no dia 17 de março último, quando colocaram fogo nas portas do jornal e da residência de seu editor.

A reunião foi coordenada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, através de seu presidente, Paulo Zocchi e contou com representante da Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Márcio Ga­ro­ni; e das entidades internacionais CPJ – Comitê de Proteção de Jornalistas, Renata Neder, Artigo 19, Maria Tran­ja; e dos Jornalistas Sem Fron­teira, Arthur Romeu e ficou combinado que vão trabalhar em conjunto para estabelecer as medidas de acompanhamento para que o caso seja devidamente investigado e punido.

Durante o encontro em videoconferência ficou estabelecido que, inicialmente seriam contatados os organismos encarregados da investigação do caso para se estabelecer uma pauta de ações que possam evitar a morosidade e o desinteresse nas investigações.

CASO SINGULAR

Já na quinta-feira os integrantes desta comissão conseguiram audiência conjunta, também em videoconferência, com o promotor Rodrigo Pereira dos Reis que explicou que aguarda a chegada do inquérito físico, que deverá chegar até suas mãos nos próximos dias com pedido de di­la­ção do prazo para encerramento das investigações, quando, então, deverá tomar pé da situação para ver as medidas que poderão ser tomadas.

O promotor, no entanto, garantiu que está acompanhando o caso que classificou como singular, em razão de suas consequências extra­po­larem a circunscrição do local dos fatos, eis que, pelo que ele tem conhecimento até agora, é um ataque à liberdade de imprensa, um dos pilares da democracia e que não está descartada a possibilidade de ser enquadrado em tentativa de homicídio.

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