05 de maio | 2013

Empresa de primo de Geninho aparece na lista da “Máfia do Asfalto”

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A empresa LMA Construtora, de Catanduva, que consta pertencer a Marcos Antônio Zuliani, que seria primo do prefeito de Olímpia, Eugênio José Zuliani, aparece na lista de construtoras que participaram de supostas licitações fraudadas ao lado da Demop Participações Ltda., com sede em Votuporanga.

De acordo com a informação publicada nesta sexta-feira, dia 3, a LMA é citada em relatório e interceptações telefônicas da operação Fratelli obtidas pelo Diário da Região, de São José do Rio Preto.

“Apurou-se que compactuam com a Demop, pelo menos no que diz respeito à terceirização de obras, as seguintes empresas no setor da construção civil: FAMA, Coplan, LMA, LM entre outras”, consta em trecho do relatório produzido pelos promotores do Gaeco.

Mas essa não seria a primeira vez que a LMA Construtora teria participado de um esquema fraudulento. Segundo foi apurado ontem pela reportagem desta Folha, Marcos Antônio Zuliani teria confirmado ter participação no esquema de fraudes em licitação da prefeitura de Bebedouro.

Na ocasião, a pedido do promotor Leonardo Leonel Romanelli, Marcos Zuliani teve a prisão temporária decretada, quando foi deflagrada a operação “Cartas Marcadas”. Ele chegou a ser preso em Catanduva e levado pra prestar depoimento em Bebedouro, mas foi colocado em liberdade logo em seguida.

Além de Zuliani, os diretores proprietários das empresas RDA Construtora, Rodotruck, DLH Construtora e FJK Ltda. também foram detidos na operação. Todos são acusados de formação de quadrilha. A operação prendeu 13 pessoas, entre elas, funcionários da Prefeitura de Bebedouro, que facilitavam o esquema para fraudar licitações para obras.

No entanto, Zuliani foi liberado rapidamente. “Nos depoimentos dos empresários foram colhidas provas (das fraudes). Ele (Zuliani) foi liberado porque colaborou com a investigação e confirmou que havia acerto prévio, combinação entre as empresas para ganhar as licitações”, afirmou na época o promotor.

Os mandados de prisões temporárias foram obtidos na justiça por promotores de Bebedouro e cumpridos em conjunto com promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), além de 80 policiais civis e 12 agentes da Secretaria Estadual da Fazenda.

MESMO MODUS OPERANDIS

Os promotores descobriram que licitações abertas pela prefeitura de Bebedouro tinham sempre o mesmo grupo de empresas concorrentes, que se alternavam como vencedoras dos processos licita­tó­rios.

De acordo com o MP, as investigações mostraram que algumas empresas do grupo eram de fachada. Zuliani disse no MP que a LMA foi contratada por R$ 120 mil pela Prefeitura de Bebedouro, para realizar a pavimentação de ruas.

Apesar de negar participação no esquema, as investigações apontam fraudes em pelo menos nove certames que envolvem as cinco empresas. De acordo com as investigações, os valores dos contratos giravam em torno de R$ 150 mil.

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