23 de outubro | 2022

Dono de terreno assume que quer que falem bem da cidade, mas joga a culpa na prefeitura

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CENSURA?
Empresário diz que não admite outdoor falando mal da cidade, pois pode atrapalhar vários negócios que tem. “Eu tenho uma cláusula no contrato que diz que não quero que coloque qualquer coisa de cunho político. Tudo que é falando bem de Olímpia pode colocar ali (…)”.

 

Na imobiliária responsável pelo terreno onde está o painel do outdoor censurado do Sindicato, o repórter Cleber Luis, acompanhado de Jesus Buzzo, na reportagem que fez para a Record na quinta-feira, sobre censura em outdoor, conversou com o responsável pelo terreno (que não aparece na gravação) e este assumiu de forma enfática e incisiva que não quer que coloquem outdoors em seu terreno que falem mal de Olímpia, pois isso pode atrapalhar os vários negócios que tem na cidade. No entanto, joga a culpa na prefeitura, dizendo que ligaram pra ele tirar o painel.

O responsável disse que ligaram para ele e ele ligou para ela (supostamente a responsável pela empresa de outdoor) pedindo para que fosse colocado o outdoor em outra região da cidade. “Naquele terreno não autorizo”, declarou taxativamente.

O repórter tentou argumentar que não era uma manifestação política e o responsável pela imobiliária foi enfático: “Não! Naquele terreno eu não quero. Eu tenho negócios em Olímpia e não quero me indispor com o prefeito”.

TUDO QUE É FALANDO BEM
DE OLÍMPIA PODE COLOCAR

O repórter reforça a pergunta se é para não se indispor com o prefeito e o responsável pela imobiliária salienta: “Eu tenho uma cláusula no contrato que diz que não quero que coloque qualquer coisa de cunho político. Tudo que é falando bem de Olímpia pode colocar ali. Então coloca em outro terreno e boa. Ela (empresa de outdoor) tem vários terrenos na cidade”.

O empresário continuou enfatizando que havia pedido para a empresa de outdoor para tirar que ele não queria. “Agora, se ela vai devolver o dinheiro ou vai por em outro terreno, é problema dela. Por que não vai lá então e faz uma entrevista com a prefeitura? Perguntou o empresário, ao que demonstra dando a entender que a culpa era da prefeitura e não que atrapalharia seus negócios como disse no início.

Cleber Luis então pontifica que o medo demonstrado pelo empresário é sinal de que há retaliação e coloca a situação enfrentada também por uma ONG que cuida de animais que não conseguiu terreno no último Festival do Folclore e de um artesão que conseguiu vender bebida no Recinto, situações que, segundo a prefeitura, não tinham fundamento já que toda a locação dos terrenos foi realizada por licitação pública.

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