13 de fevereiro | 2012

Diretoria não aceita proposta e a cooperativa que fornece os médicos para plantão deixa Sta. Casa

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A diretoria da Santa Casa de Olímpia não aceitou a proposta de reorganizar o atendimento no pronto-socorro do hospital e fez com que a Cooperativa de Médicos (Comed), de Sertãozinho, deixasse de prestar os serviços de plantões na instituição. Essa informação foi confirmada na quinta-feira desta semana pelo administrador da cooperativa, Paulo Botelho de Carvalho, que há 20 anos atua no setor.


A proposta, segundo ele contou, seria para dobrar o número de médicos nos plantões, ou seja, em vez de um médico trabalhar sozinho durante as 12 horas, passar para dois.


A empresa, segundo contou Botelho de Carvalho, que tem 13 anos de atividade, foi contratada pela Santa Casa em dezembro de 2009, pela então provedora Helena de Souza Pereira.


Desde então a Comed vinha recebendo aproximadamente R$ 975 por cada período de 12 horas, fornecendo um médico todos os dias e um pediatra para os finais de semana.


Em dezembro de 2011 a cooperativa oficiou a direção da Santa Casa pedindo um reajuste do valor para R$ 1,1 mil por cada período de 12 horas, o que representaria um reajuste referente à variação do IPC a partir do início do contrato, e que houvesse a contratação de dois médicos por turno.


No entanto, a alteração não foi aceita pela diretoria da Santa Casa, que nem mesmo chegou a responder ao ofício da Comed, o que acabou por definir o encerramento do vínculo a partir da realização do plantão da noite entre os dias 9 e 10, ou seja, da quinta para a sexta-feira desta semana passada, respectivamente.


Esse encerramento, segundo explica o administrador da Comed, já estava definido no mesmo ofício enviado em dezembro, que ocorreria no prazo de 60 dias caso não houve a resposta ou interesse em renovar as formas de contrato.


Carvalho disse que já sabia inclusive da contratação de outra empresa para substituir a Comed, embora não tenha sido notificado da decisão. De suas palavras depreende-se que a diretoria da Santa Casa simplesmente ignorou a proposta apresentada pela cooperativa de médicos no início de dezembro de 2011.


Ele deu a entender que os médicos que vinham atuando no plantão da Santa Casa estariam descontentes com a remuneração que recebiam, segundo ele a menor quando comparada a todas as cidades que a cooperativa atua.


O pronto-socorro da Santa Casa, segundo informações do próprio provedor, realiza em média seis mil atendimentos por mês, ou seja, aproximadamente 200 pacientes, todos atendidos por apenas um médico. Para o administrador da Comed o ideal seria que fossem dois médicos atuando em cada plantão.



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