A diretoria da Santa Casa de Olímpia, que da forma como está sendo apresentada nos últimos anos, dominada por representantes do grupo do prefeito, parece ter se transformado numa instituição não benemérita, afirmou nesta semana que os médicos que compõem o corpo clínico do hospital não querem atender pacientes pelo convênio IAMSNPE (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).

“Pelas condições que estão postas pelo IAMSPE muitos dos médicos que fazem parte do corpo clínico do hospital não estão demonstrando interesse. Tanto é que vamos oficializar isso. Não podemos assumir um compromisso e depois não ter condições de atender os conveniados”, afirmou o administrador da Santa Casa, Vivaldo Mendes Vieira.

A afirmação foi feita durante uma entrevista que concedeu a uma emissora de rádio da cidade na quarta-feira, dia 30, durante a qual afirmou que o hospital não tem condições, pelo menos de momento, de assumir compromisso com o atendimento a funcionários públicos estaduais.

“Se o diretor do IAMSPE está encontrando facilidade (para conveniar os profissionais médicos) nós estamos tendo muitas dificuldades em ter o apoio médico. Eles não têm interesse em atender na Santa Casa”, reforça o administrador, que já ocupou o cargo de diretor presidente da Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal).

 “Tivemos uma reunião com o diretor do instituto e na ocasião fizeram a proposta de refazermos o contrato, mas a Santa Casa não tem o atendimento laboratorial. Para termos teríamos que ter médicos. Dependemos deles. Teríamos que ter adesão da rede médica”, reforçou Mendes Vieira.

BALDE DE ÁGUA FRIA

Quer queiram, quer não, a situação passa a ser um verdadeiro balde de água fria nas pretensões dos vereadores, Humberto José Puttini, presidente da Câmara Municipal de Olímpia, e Alcides Becerra Canhada Júnior, que garantem que alguns consultórios médicos e laboratórios de análises clínicas da cidade já estão cadastrados.

Os dois vereadores informaram que em agosto próximo passado já dispunham de nove especialidades conveniadas: clinica geral, ginecologia, oftalmologia, pediatria, cardiologia, ortopedia, derma­tologia e otorrinola­ringologia.

De acordo com o que dizia então o diretor do instituto, Tonny Ribeiro, após a entrega dos documentos, em 60 dias os profissionais estariam aptos ao atendimento em suas clínicas, ou seja, seria a partir deste mês de novembro.

Também na mesma ocasião, Puttini destacava que futuramente poderão ser credenciadas outras especialidades: geriatria, urologia, gastrenterologia, psiquiatria, vas­cular, neurologia, pneumologia, nefrologia e reumatologia.