19 de julho | 2010

Diretor diz que UTI da Santa Casa continuará deficitária

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A Unidade de Terapia Intensiva (UTI), da Santa Casa de Olímpia, continuará deficitária, assim como era antes da intervenção decretada pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, da mesma maneira que era sob o comando da ex-provedora Helena de Souza Pereira.

A situação foi um dos motivos elencados pelo Ministério Público local, através do promotor dos Direitos Constitucionais do Cidadão, Gilberto Ramos de Oliveira Júnior, para recomendar a intervenção no hospital.

De acordo com o comerciante, Marcelo Elias Najem Galette, eleito novo provedor da S. Casa, dia 27 de maio, que fez parte da junta interventora, os recursos obtidos a partir do mês de março não são suficientes para a ampliação e elevar a classificação do setor.

A afirmação foi feita por Galette durante entrevista que concedeu cerca de oito dias após a posse,
afirmando que a questão da UTI ainda não está solucionada. Segundo o provedor, o prejuízo mensal “é inviável” (sic).

“Até a UTI nova ficar pronta, vamos tocar do jeito que está, pedindo ajuda, transferindo pacientes que não temos condições de atender, mas acredito que no máximo em seis meses possa funcionar em outro local”, disse.

Durante o período da intervenção, segundo ele, foram atrás de investimentos para elevar o nível aumentando a quantidade de 7 para 10 leitos. “Mudar os equipamentos, tornar de nível 1 para nível 2, aumentando a complexidade do hospital”, disse. Com o nível dois é possível fazer cirurgias cardíacas ou neurocirurgias. “A gente consegue evoluir o hospital”, acrescenta.

No entanto, até o momento, conseguiram R$ 200 mil para edificação da nova UTI e mais R$ 150 mil para aquisição de equipamentos. “Ainda faltará em torno de R$ 300 mil que já estamos preparando todos os projetos para, a partir de 20 de setembro, quando abrem os protocolos de investimentos nas esferas federal e estadual, já protocolar e tentar conseguir esse dinheiro do governo e não com ações municipais ou realizações de ventos. Vamos tentar no governo que é onde tem o dinheiro para poder investir”, avisa.

Por outro lado, destaca que a UTI atual, que possui sete leitos, cinco exclusivos para internações através do sistema SUS e dois para convênios ou particulares, além do prejuízo financeiro, também não tem suporte necessário para atender casos mais complicados.

“O particular ou de convênio não fica. Quem tem convênio procura outro hospital que ofereça outra complexidade. Nosso hospital é de baixa e média complexidade”, explica.

De acordo com o diretor clínico da Santa Casa, Fábio Martinez, a UTI tem atuado a contento em relação aos pacientes que atende. “Salva vidas diariamente. É essencial não só para a cidade, como para a microrregião. Tem dia que a gente vai lá tem casos gravíssimos, casos de outras cidades e nenhum de Olímpia”, disse.

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