09 de fevereiro | 2014

Diretor de trânsito afirma que não tem que fazer campanhas de conscientização

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Num discurso que pode ser considerado no mínimo controverso, o diretor-presidente da Pro­dem (Pro­­­gresso e Desenvol­vi­men­to Mu­­­­­nicipal), engenheiro Amaury Hernandes, que já foi secretário de trânsito em São José do Rio Preto, acumulando o cargo de diretor de trânsito de O­límpia, afirmou que não tem obrigação de usar o dinheiro arrecadado com as multas aplicadas na cidade para fazer campanhas para conscientizar os usuários do sistema de trânsito local.

“A conscientização de quem dirige não cabe a nós. Cabe ao governo quando o cara vai tirar a CNH. Fazer com que esse condutor saiba quais são os direitos e os deveres dele e conhecer a legislação. Porque não conhecem nem placas. Passam e acabam não fazendo a leitura correta”, afirmou durante entrevista que concedeu à rádio Espaço Livre AM.

Como se sabe, as multas de determinadas infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro (C­T­B) ficam com o município onde as mesmas foram aplicadas. Esse valor, segundo consta, teria de ser investido em sinalização do sistema e campanhas de cons­cien­ti­zação.

Além disso, praticamente num tom professoral e deixando trans­parecer que se trata de entrevistas com a finalidade de falar bem da administração do prefeito Eugênio José Zuliani, o diretor da Prodem refez o mesmo discurso utilizado em março de 2013.

“Agora esse mês vem uma empresa de São Paulo aqui que vai fazer o que nós chamamos de V­D­M (velocidade e densidade média) das vias. É igual a um radar, mas não vai autuar ninguém”, afirmou em outro trecho da mesma entrevista. Esse trabalho, segundo ele, deverá durar cerca de três dias e será verificado o perfil de cada u­ma das vias.

Mas essa é a repetição de uma informação de março de 2013, quando o diretor já prometia a instalação de radares como con­troladores de velocidade nas ru­as de Olímpia. Na oportunidade ele foi questionado sobre quais medidas estavam na pauta como forma de melhorar as condições do tráfego na cidade.

Embora nem sempre com vítimas, mesmo que com feri­men­tos leves, o assunto versava sobre a quantidade de acidentes de trânsito que, segundo foi divulgado recentemente por esta Folha, aumentou em relação ao ano de 2012.

Já naquela ocasião a questão era a necessidade de melhorias na sinalização do sistema de trânsito que, em alguns pontos tem de ser mais enfática.

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