17 de fevereiro | 2011

Delegado diz que “Chiquinho Ruiz” morreu vítima de latrocínio

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Embora ainda não considerando que as investigações estejam concretizadas, o delegado João Brocanello Neto, titular da Delegacia de Polícia de Olímpia, divulgou na manhã da quinta-feira, dia 17, que o comerciante e caminhoneiro Francisco Basílio Ruiz, de 50 anos de idade, conhecido na cidade como “Chiquinho Ruiz”, teria sido vítima de um crime de latrocínio, roubo seguido de morte.

Chiquinho Ruiz foi morto no final da noite do dia 1.º de fevereiro, por volta das 23h30, em frente a casa que residia, na rua 7 de Setembro, número 309, centro de Olímpia. Inicialmente, estava sendo considerado como vítima do primeiro homicídio de 2011, na cidade.

De acordo com Brocanello, o menor DVCS, de 17 anos de idade, teria sido o autor do disparo que matou Ruiz, que estaria acompanhado de outro indivíduo conhecido por "Neguinho", de 27 anos. Os dois teriam recebido ajuda de outro elemento com a alcunha de Carroça, de 31 anos, para deixar a cidade na noite do crime.

Porém, segundo o delegado, inicialmente apenas o menor e Neguinho teriam participado da tentativa de roubo contra o caminhoneiro. Todos eles seriam moradores de São José do Rio Preto.

Até agora só o menor teria sido interrogado pela polícia. Sobre os outros dois, Neguinho e Carroça, segundo o delegado, o advogado que apresentou o menor, teria se comprometido a apresentá-los até no máximo no final da próxima semana. De Neguinho, Brocanello informou que já obteve todas as qualificações, mas justificou que ainda não a divulgaria.

A morte, segundo o delegado, teria ocorrido porque Ruiz teria reagido ao assalto. “Desde o primeiro momento que tivemos contato com a família, todos afirmaram que se tivesse havido alguma situação de roubo ele teria reagido”, disse.

Durante a entrevista coletiva, Brocanello disse que os dois teriam deixado Rio Preto para roubar em Olímpia. “Eles vieram praticar roubos aqui na cidade. Avistaram a vítima no último local que permaneceu com o amigos – bar do Fernando, no cruzamento da rua Síria com a avenida Dr. Andrade e Silva – não sei o que despertou a atenção nos bandidos, mas teria sido corrente, relógio, cordão de ouro”, relatou.

Por isso, também segundo o delegado, os dois acusados deram a volta e permaneceram na rua que chega à Síria, vindo do Jardim Santa Júlia. “É um pouco escura (a rua), aguardaram a vítima sair e saíram no encalço dela. Tão logo parou o carro em frente ao portão (da casa de Ruiz) o carro que levava o menor deu uma parada, ele desceu e o carro continuou, passou pelo caminhão e abordou a vítima ainda dentro do carro. No que ele anunciou o assalto a vitima reagiu, desceu do carro e teria tentado acertar um soco. O menor disse que alertou a vítima que poderia dar o tiro e Ruiz, então, teria partido para cima dele. Então atirou. O tiro na boca foi casual”.

ASSUSTADO COM  REAÇÃO DA VÍTIMA

Durante as declarações do menor, o delegado percebeu que o suspeito teria deixado claro que se assustou com a reação da vítima. “Ele disse que na visão dele (do menor) a vítima estava um pouco alterada por ter ingerido bebida alcoólica. O menor notou que a vítima estava agressiva”, disse.

Mas, segundo consta, mesmo depois do menor ter-lhe advertido que atiraria, Ruiz não se conteve, “Para que deixasse o local, apanhou o carro e conseguiu alcançar seu comparsa, em frente à Casa de Cultura, onde abandonou o carro. Também não viu que era a delegacia. Ele estava tão assustado que dá essa conotação que não veio para matar ninguém. Só roubar”, acrescentou.

Já sobre o calibre da arma, o delegado disse: “foi extraído um projétil da coluna cervical da vítima e foi encaminhado à perícia e o perito acredita que seja um 22 e durante a oitiva ele afirmou que era um revólver calibre 22 que ele se desfez depois, jogando na represa de Rio Preto”.

Depois do crime, de acordo com o que foi apurado até agora, quando fugiam, o carro, que seria um Logus escuro, teria apresentado problema e o deixaram no Jardim Cecap e foram pedir carona ou arrumar um jeito de sair da cidade. No posto, conversaram com o frentista, que segundo o delegado confirmou tudo, teriam pedido ajuda por telefone a "Carroça" para levarem o carro embora.

Os policiais chegaram até ao menor, segundo o delegado, porque pessoas de fora têm vindo para roubar em Olímpia e por isso, estendeu o leque de investigações e pediu apoio a policias de Rio Preto e de Barretos.

“O pessoal da DISE (de Rio Preto) que trabalhou com a gente nessa investigação (Rogerinho e Jair), nos ajudaram. A partir de então conseguimos a identificação desse menor e desse outro suspeito conhecido como Carroça, e na sexta-feira última (dia 18), fomos a Rio Preto e conseguimos ouvir as mães desses dois suspeitos. Nós tivemos informação que eles estavam vazados (gíria para desaparecidos), ai foi reforçado um pouco mais”, informou.

O delegado considera esclarecido o assassinato, uma vez que foram identificadas três pessoas. No entanto, não considera que as investigações estejam totalmente concluídas.

O delegado explicou também que foram descartadas as hipóteses do autor do crime ser alguma pessoa de Olímpia, que não foi por vingança e também nada contra a família da a vítima, mas apenas um caso de latrocínio.

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