02 de agosto | 2009

DAEMO cortou fornecimento de água a 900 consumidores

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O Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO) chegou a cortar o fornecimento de água de 900 residências, ou seja, de aproximadamente 18% dos avisos de débitos enviados na primeira etapa das ações para inibir a inadimplência. De acordo com o diretor comercial da autarquia, Valdir Peres Sant’ana, esses cortes ocorreram entre os dias 15 de junho e 23 de julho. Porém, em todos os casos aconteceu alguma forma de acordo e os conseqüentes religamentos.

Sant’ana informou também que na primeira etapa, que compreendeu o período entre o dia 1.º de abril e 23 de julho, foram encaminhados cerca de cinco mil avisos de débitos a consumidores com contas atrasadas. Metade destes, ou seja, em torno de 2,5 mil procuraram o DAEMO para acertar as contas atrasadas. O restante, a maioria, tem o débito ajuizado para a cobrança judicial.

Por outro lado, apenas 5% dos consumidores, o que representa que, em torno de 250 deles não compareceram à autarquia, fosse para pagarem ou mesmo para fazerem os acordos. Nestes casos, informa o diretor comercial, ainda não foram cortados os fornecimentos. Os motivos são vários, mas dentre eles, está a dificuldade para entrar no imóvel para interromper o fornecimento no próprio cavalete do hidrômetro, evitando assim o corte da calçada.

Esses consumidores, segundo a informação, estão divididos entre os bairros da cidade, principalmente, nos jardins São José, localizado na zona sul da cidade de Olímpia, e Boa Esperança, a antiga favela Pedregal, bairro localizado na zona norte, ambos que abrigam grande parte das famílias mais carentes da cidade.

Ainda de acordo com Sant’ana, a segunda etapa dos avisos de cortes, envolve apenas às contas novas vencidas e não pagas. Quer dizer, é o caso de uma conta, por exemplo, que, vencida no mês de julho e ainda não foi quitada pelo consumidor.

TOTAL DA INADIMPLÊNCIA
Como se recorda, no início do mês de abril de 2009, o diretor superintendente do DAEMO, administrador de empresas, Valter José Trindade, anunciou que a autarquia estava com R$ 6 milhões de inadimplência e, por isso, estava incrementando ações para recebimento. Ele espera que, nos próximos três a quatro anos, a situação esteja praticamente zerada.

Trindade estima que, dos R$ 6 milhões, haja a arrecadação de pelo menos R$ 2 milhões dos atrasados, graças ao parcelamento. "Muitos estão entendendo e aceitando, e vamos pagando as contas atrasadas. Assim, vamos colocar a autarquia em ordem e fazer os investimentos necessários", comentou na ocasião.

Um levantamento mostrou que, somente de janeiro de 2008 a fevereiro de 2009, espaço de tempo que, coincidentemente abrange o período eleitoral, o DAEMO faturou e não recebeu cerca de R$ 1,1 milhão. 

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