04 de setembro | 2017

Cunha afirma que Salata não tinha perfil para ser secretário

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Deixando claro que não era o nome de sua preferência para assumir a então secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico, inclusive pela falta de experiência como administrador, o prefeito Fernando Augusto Cunha disse, nesta semana, que o vereador Luiz Antônio Moreira Salata, que foi nomeado no início do governo, não tinha perfil para assumir a função que considera a mais importante dentro do município de Olímpia.

Durante uma entrevista que concedeu à rádio Espaço Livre AM, na quarta-feira desta semana, dia 30, Cunha explicou que mesmo assim teve que nomeá-lo como forma de garantir a eleição do vereador Luiz Gustavo Pimenta para a presidência da Câmara Mu­nicipal. “Eu convidei o Salata para ser secretário para acertar a eleição da me­sa, o Gustavo Pimenta co­mo presidente”, justificou.

Mas começaram a surgir problemas que não agradavam ao prefeito e por isso se viu na obrigação de corrigir os rumos. Uma das situações, segundo Cunha, era a velocidade com que as outras secretarias funcionavam quando comparada com a de Turismo. “Quando ficou comprovado que ele não deu resultado, porque nós temos que gerar empregos, então não pode ter gente que não produz”, acrescentou.

Mesmo assim afirmou que ainda pensava em nomear Salata para a pasta de Agricultura, Comércio e Indústria, mas que ele, além de pedir exoneração, saiu fazendo críticas ao prefeito e sem que tivesse condições de provar nada.

Nesse caso estava se referindo a afirmação de Salata que a administração era uma “pornografia política”, porque Cunha estaria se envolvendo com empresas ligadas ao setor.

“Não achava que Salata tinha perfil (para o cargo de secretário). Ele nunca teve cargo no Executivo. É um legislador, aguerrido e crítico. Eu falei para ele que achava que não deveria ir (para o cargo), mas tive que engolir”, reforçou.

“Mas, quando se comprovou que não funcionava, que não deu resultado – as outras secretarias iam a 160 e a dele a 40 por hora –, decidi trocar”, acrescentou, deixando entender que as feiras livres “eram muito pouco”.

Quanto à separação do Turismo de Agricultura, recriando a secretaria, disse que a intenção era deixá-la para Salata, na esperança de que “ficando com a parte menor, talvez ele fosse melhor”.

“Mas eu não tenho que dar satisfações a ele. Acho que ele não concordava com o que penso. Mas, quem manda é o prefeito”, enfatizou Cunha, que reclamou que Salata pretendia ser o prefeito sem ser eleito e que Salata somente se elegeu por estar ao seu lado na eleição: “eu me elegeria sem os votos dele, mas ele não se elegeria sem os meus”.

 

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