22 de setembro | 2013

Cremesp vai apurar se houve erro ou omissão no caso de Pedro Henrique

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O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) vai investigar se houve erro ou omissão dos profissionais que atenderam o garoto Pedro Hen­rique Pereira de Jesus (foto), 10, que morreu devido a uma embolia pulmonar decorrente de trombose venosa profunda após torcer o tornozelo na escola, na cidade de Olímpia.

A família do garoto acusa negligência dos médicos depois de ele passar oito vezes pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do município em menos de sete dias. Mesmo reclamando de muita dor, Pedro sempre era medicado e liberado. Ele morreu anteontem, dez horas depois de dar entrada na UTI Infantil do hospital Padre Albino, em Catanduva.

Quando chegou lá seu estado de saúde já era considerado gravíssimo. Segundo o presidente do Cremesp, Pedro Teixeira Neto, 63, o conselho vai inicialmente solicitar os nomes dos médicos e enfermeiros responsáveis pelo atendimento por onde o garoto passou, além dos laudos sobre a causa da morte para uma análise.
 

A investigação ocorre independente de representação da família.

“É um caso difícil, em que infelizmente houve uma morte. Vamos ouvir os envolvidos antes de tirar qualquer conclusão”, disse. Teixeira Neto afirmou ainda que não há prazo para concluir a investigação.

SINDICÂNCIA PRÓPRIA

Por outro lado, também de acordo com o jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, no final da tarde da quinta-feira, dia 19, a Prefeitura de Olímpia informou através de nota, que vai abrir uma sindicância para apurar o que aconteceu. A publicação da portaria determinando a investigação será neste sábado, dia 21.

“Já foram tomadas as providências necessárias para instauração de procedimento para averiguar eventual responsabilidade administrativa de servidores públicos municipais que exerçam suas funções na Unidade de Pronto Atendimento ou em Unidades Básicas de Saúde”, diz nota da assessoria.

A sindicância tem prazo de 30 dias e pode ser prorrogada uma vez caso seja necessário. A nota da prefeitura afirma ainda que “poderá ser determinada a suspensão preventiva de servidores, por até trinta dias, prorrogáveis por igual prazo, se houver comprovada necessidade de seu afastamento para a apuração”.

Caso seja comprovada negligência dos médicos, entre as possíveis punições estão desde a repreensão até suspensão e, em último caso, a demissão dos profissionais. Sobre a família de Pedro, a nota afirma que “a administração municipal está à disposição para colaborar no que lhe for possível”.

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