07 de agosto | 2008

Corregedoria investiga fuga de cinco presos da cadeia de Altair

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A Corregedoria da Polícia Civil de Ribeirão Preto instaurou inquérito para investigar se houve participação de policiais na fuga de cinco presos da Cadeia Pública de Altair, na manhã da terça-feira, dia cinco, quando, por volta das 10 horas, cinco dos 36 presos que tomavam banho de sol no pátio da carceragem, cortaram a tela superior e escaparam.

Conseguiram fugir os detentos Claudemiro Bispo dos Santos, da região de Bauru; Daniel Torres, de Olímpia, preso por prática de furto; Rogério Beloni de Souza, vulgo “Tio Chico”, de Olímpia, acusado de prática de vários furtos de torneiras a até de motocicletas; Valdemar Camargo Neto, vulgo “Camarguinho”, acusado de prática de roubos e de pertencer à mesma quadrilha que assaltou a propriedade rural que pertence a Carminatti; Hebert Tiago Cordello Passotto, que não é conhecido nos meios policias da cidade de Olímpia.

O delegado-seccional de Barretos, João Osinzki Júnior, considera inadmissível nenhum policial tenha percebido a fuga dos detentos. O único carcereiro que estava de plantão, segundo o delegado, não estava no pátio no momento.

A prisão, com duas celas, possui capacidade para apenas 12 detentos. A superlotação da cadeia de Altair, segundo o delegado, ocorreu após o fechamento da cadeia masculina de Olímpia. O corregedor Emílio Paschoal informou que o inquérito que apura eventual falha funcional deve ser concluído em 30 dias.

No início de março deste ano, a justiça de Olímpia determinou que a Polícia Civil, juntamente com a secretaria de Administração Presidiária, transferisse os presos que excedessem o total de 16. A decisão foi da juíza da 1.ª vara da comarca local, Adriane Bandeira Pereira. A juíza concedeu antecipação de tutela em ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.

Na ocasião, dentre as várias justificativas, a juíza entendeu que se a situação perdurasse, sobrariam possibilidades de novas tentativas de fuga, rebeliões e conseqüentemente danos à vida e à saúde de detentos, funcionários e à população da cidade.

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