26 de abril | 2021

Coordenador do Nossa Senhora afirma que tem muita gente morrendo na fila da covid em Barretos

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BARRETOS PEDE SOCORRO!
“Tem que escolher entre vida e morte” com as UTIs Covid esgotadas. Chefe de hospitais diz que Barretos enfrenta esgotamento da capacidade de atendimento a pacientes em estado grave. Secretaria Estadual da Saúde não comentou o assunto. Clique na foto abaixo e assista ao vídeo.

Médico de Barretos, SP, denuncia que pacientes estão morrendo na fila de espera


DA REDAÇÃO
COM EPTV RIBEIRÃO

Maurício da Silva, vice-presidente da Santa Casa e coordenador do Hospital Nossa Senhora de Barretos (SP) — Foto: Reprodução/EPTVA região de Barretos pede socorro. Assim abriu a matéria exibida no EPTV Ribeirão da hora do almoço, a jornalista Lucieli Dornelles, para falar sobre entrevista com o vice-presidente da Santa Casa e coordenador do Hospital Nossa Senhora de Barretos (SP), o médico César Maurício da Silva, que diz que há um esgotamento na capacidade de atendimento a pacientes com Covid-19 em estado grave na cidade.

Silva afirma que, em muitas vezes, as equipes médicas precisam escolher qual paciente vai ser internado primeiro.

“Muitas pessoas tem morrido na fila, muitas pessoas, isso é uma realidade muito presente no nosso dia a dia. É um peso muito grande para as pessoas que estão coordenando o sistema escolher quem vai ter acesso a uma vaga que disponibilizou e quem não vai ter, é literalmente uma escolha entre vida e morte”, afirma.

Segundo o boletim epidemiológico, Barretos tem 11.679 casos positivos de Covid-19 e 302 óbitos desde o início da epidemia. Até sexta-feira (23), o Hospital Nossa Senhora tinha 49 pacientes internados em UTIs — 94,23% do total.

No Ambulatório Medico de Especialidades (AME), transformado em hospital de campanha, a taxa era de 100%, com 10 leitos ocupados.

Sede da Diretoria Regional de Saúde (DRS) 5, Barretos também recebe pacientes das cidades vizinhas. Só no Hospital Nossa Senhora, 31 dos 49 internados são moradores de outros municípios.

Na segunda-feira (26), a taxa de ocupação de UTIs nos hospitais da região era de 87,2%, segundo dados da Fundação Seade.

Para reduzir o risco de morte dos pacientes, o hospital tem utilizado até mesmo o gripário para acomodar casos graves.

“O problema são os pacientes que não têm acesso a esses leitos. Isso tem sobrecarregado as estruturas de pronto-atendimento. Por exemplo: nós temos um gripário, que é um pronto-socorro para atender pacientes com suspeita de Covid, e muitas vezes ele fica com pacientes intubados esperando um leito de UTI.”

Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde não comentou o assunto.

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