28 de outubro | 2007

Consumidor local ainda não se preocupa com leite contaminado

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O consumidor olimpiense ainda não tem demonstrado preocupação com as informações sobre a contaminação do leite para garantir o prazo de validade dos produtos ‘longa-vida’. Pelo menos isto é o que pode ser depreendido das informações obtidas nesta semana pela reportagem desta Folha junto a alguns supermercados da cidade, principalmente, dos poucos que se propuseram a comentar o assunto.

Embora continuem com a preocupação básica a respeito da validade do produto, ainda não houve registro de questionamentos sobre os produtos e nem mesmo foi percebida qualquer redução no consumo.

A operadora de caixa do Supermercado Pompeo, Juliana Aparecida Pissarro, de 18 anos de idade, embora não tenha ainda sido questionada por nenhum dos clientes, afirmou estar preparada para dirimir qualquer dúvida que houver. "A gente dá uma orientação básica", disse.

Ela contou que seus clientes, como costumeiramente sempre fizeram, continuam olhando a data de validade e a numeração que fica no fundo da embalagem. "O prazo de validade é o que a pessoa mais verifica", acrescentou.

No Supermercado Mirim a contadora Marilei Barssalho explicou que tudo continua normal. "As pessoas sempre têm preocupação em escolher as marcas mais conhecidas. Em relação ao problema da contaminação ainda não ocorreu nada", informou.

Barsalho ressalta que a empresa também procura ter os mesmos cuidados para sempre fornecer o melhor produto a seus clientes. "Procuramos comprar de empresas que já conhecemos e trabalhamos há muito tempo", acrescentou.

Também não houve nenhuma orientação para que alguma das marcas que trabalham, seja do Servisa ou mesmo dos próprios laticínios, tivesse algum lote retirado das prateleiras. A reportagem detectou a presença das marcas: Lactus, Líder, Layde e Jussara, com preços variando entre R$ 1,19 e 1,69.

Contaminados

Numa operação realizada na terça-feira (23), a Polícia Federal prendeu 27 pessoas acusadas de crime contra a saúde pública, por possivelmente terem acrescentado substâncias não permitidas ao leite vendido em caixas do tipo longa-vida.

Os produtos adulterados, de acordo com investigações do Ministério Público Federal, saíam das cooperativas Casmil, na cidade de Passos (sudoeste de Minas), e Coopervale, em Uberaba (Triângulo Mineiro). O esquema existia havia dois anos, segundo os investigadores. A ação policial foi batizada de Operação Ouro Branco.

 

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