15 de setembro | 2013

Construtora aponta erro de projeto na obra da ETE

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Da redação e assessoria

A ETC Empreendimentos e Tecnologia em Construções Ltda., de São Paulo, teria deparado com um erro no projeto da obra de construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que está em fase inicial em área que pertencia à Sucocitrico Cutrale, além da Rodovia Assis Chateaubriand, SP-425, na zona norte do município de Olímpia.

Por isso, de acordo com o que foi informado pelo engenheiro Carlos Henrique Henzel, responsável pelos trabalhos, segundo consta, na segunda-feira, dia 9, por enquanto a obra está em fase de implantação da parte administração, guarita, caixa d’água e peneiramento.

“Reatores, decantadores, filtros e equipamentos anexos estão aguardando análise do calculista, pois encontramos solo duro e o projeto não previa, assim estamos fazendo uma nova sondagem para estipular corretamente a fundação a ser instalada”, teria afirmado.
 

No entanto, mesmo assim ele relata que a obra está dentro do cronograma previsto inicialmente e que dentro dos próximos 15 meses a obra deve ser entregue ao município. Como se sabe, a obra da ETE será custeada pelo Governo Estadual, como parte do Programa Água Limpa, no valor R$ 21 milhões para a construção da ETE, que será um sistema mais moderno em se tratando de esgoto.

A cidade de 50 mil habitantes será a primeira contemplada com o sistema compacto, que em comparação ao sistema de lagoas apresenta eficiência bem superior. “Enquanto no sistema de lagoas a redução de carga orgânica é de 80%, no sistema compacto ultrapassa 95%”, disse o Secretário de Administração, Walter José Trindade.
 

A construção desta ETE faz parte de convênio assinado entre o prefeito Eugênio José Zuliani e o governador Geraldo Alckmin, no Programa Água Limpa, um projeto que possibilitará ao município tratar o restante do esgoto da cidade. “A diferença essencial são eficiência e excelência do tratamento”, diz Trindade. Segundo ele, com essa construção Olímpia terá capacidade para atender o tratamento de esgoto de 85 mil habitantes.

SEM PROBLEMAS DE CONTINUIDADE

Por outro lado, recentemente, ao comentar as várias obras que estão paralisadas no município, o prefeito Eugênio José Zulia­ni afirmou que espera que a obra para a construção da ETE não sofra com problemas de continuidade, como está acontecendo com a de implantação do sistema de captação de água do rio Cachoeirinha.

Segundo ele, a obra está caminhando a “todo vapor” (sic), principalmente pelas condições econômicas da empresa. “A empresa ETC de São Paulo parece ser uma empresa muito saudável, com capital de giro importante para poder tocar a obra”, comentou durante entrevista mostrada por uma emissora de rádio local.

A licitação para definir o no­me da empresa responsável pela obra foi realizada pelo DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica), órgão vinculado ao Governo do Estado de São Pa­ulo, mas também responsável pelo tratamento de esgotos. Consta que a partir da conclusão da licitação, o prazo é de 30 meses para que a obra seja terminada e entre em funcionamento.

Estudos do terreno da ETE teriam custado R$ 100 mil para o DAEMO

De acordo com uma informação obtida por esta “Folha” que foi publicada no início de julho de 2009, a contratação de três empresas que fizeram os levantamentos: topografia, sondagens para fundação e projeto, custou cerca de R$ 100 mil aos cofres do então Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAE­MO), antecessora da Dae­mo Ambiental.

Inclusive, em entrevista que concedeu a reportagem desta Folha, à época, o hoje secretário Valter Trindade garantiu que o DAEMO tinha recursos suficientes para os investimentos necessários.

No caso da área escolhida, os levantamentos técnicos foram, segundo ele, concluídos em meados do mês de maio de 2009. Esse, de acordo com o diretor, era o primeiro passo para entrar com o pedido de licença de instalação.

Na oportunidade ele comentava sobre a facilidade que o DAEMO teria para fazer um projeto novo substituindo as lagoas de tratamento que estavam previstas para serem construídas ao lado do Parque Aquático Thermas dos Laranjais.

A lagoa estava sendo projetada para 20 anos. Inicialmente para atender 50 mil habitantes com estimativa de chegar até a casa de 90 mil habitantes.

 

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