29 de agosto | 2010

Confirmado surto de diarréias provocado por norovírus

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A coordenadora de Vigilância e Saúde, Marli Manzatto dos Santos Belluci, confirmou nesta semana, que Olímpia vive um surto de diarréias, que está sendo provocado, em grande parte, pelo retorno do novovirus, o mesmo que causou muitos problemas no início do ano.


De acordo com ela, houve um aumento de até 150% na média de casos semanais, praticamente igualando a situação do mês de janeiro. Para se ter uma idéia, nas últimas cinco semanas, até na 4.ª feira, dia 25, foram 537 casos, só de pessoas que residem na cidade.


No mesmo prazo de cinco semanas, em janeiro foram 622 pessoas, também se considerando apenas moradores de Olímpia. “Comparando estamos realmente com um surto, mas todo trabalho está sendo feito tal qual o ano passado, por se tratar de vírus”, comentou.


A coordenadora explica que as condições climáticas atuais favorecem a disseminação do vírus. “Nós estamos com o tempo (clima) em que ocorre a disseminação de vários vírus”, acrescentou.


Porém, embora em maior número, não todos os casos que estão relacionados ao norovirus. Há também, segundo ela, algumas pessoas que contraíram o rotavirus, também normal nas atuais condições climáticas. As diarréias podem apresentar febre alta ou não. No caso do rotavirus a febre é um pouco mais alta e a duração varia de 3 a 8 dias.


Já no caso do norovirus, a febre não é tão alta e dura em média de 1 a 3 dias, com náuseas, principalmente vômitos. Segundo ela, cerca de 50% das pessoas apresentam vômitos e dores abdominais. “A febre geralmente é baixa e pode também dar dor de cabeça”, acrescentou.


TRANSMISSÃO

A principal transmissão é pessoa a pessoa e, principalmente, com o vômito e fezes. “Na hora de fazer a limpeza das fezes e dos vômitos o cuidado tem que ser redobrado. Usar um pano ou papel que a pessoa possa descartar em seguida e, depois sempre passar água sanitária no local. No caso do vômito água sanitária pura”, explica.

“Está acontecendo que quando um tem diarréia na casa, a maioria também tem. Então, a transmissão está ocorrendo ali. No caso das escolas, a orientação é que a pessoa não volte a freqüentar antes de pelo menos dois dias que terminaram os sintomas, porque nesse período continua transmitindo”, acrescentou.


Dos 537 casos, segundo Belluci, 40% foram em menores de 9 anos de idade e 60% maiores de 10 anos. “A proporção do surto de janeiro era de 30% em crianças”, afirmou.


“Mas como a gente detectou o rotaviruas, não estamos com um vírus apenas circulando. Então, essa faixa etária menor de 9 anos de idade é mais atingida pelo rotavirus. Por isso que esse comportamento de ter uma quantidade maior de crianças”, explicou.


Ela recomenda que procurem as UBS porque às vezes a re-hidratação com soros é suficiente. “Se for o caso será encaminhado para a Santa Casa. No final se semana não temos plantão, então é na Santa Casa mesmo”.


SALMONELA

Houve também uma criança que contraiu salmonela typhimu rium, que segundo a coordenadora, dá a febre tifóide, e pode ser contraída com ingestão de alimentos contaminados, desde carnes até leite ou queijo. “Mas isso foi numa criança, foi investigado, ocorreu só dentro da família realmente. Não ocorreu na escola que a criança freqüenta”, observou.

Os casos foram detectados pela Vigilância Epidemiológica através de exames das amostras de fezes de três pessoas encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, em Ribeirão Preto e São Paulo.


RECOMENDAÇÕES

Lavar sempre as mãos antes de cuidar das crianças, principalmente após trocar fraldas e ir ao banheiro, ao manipular qualquer tipo de alimento e ao alimentar-se.

Lavar as mãos antes e após utilizar o banheiro. Esterilizar mamadeiras e chupetas. Aumentar a ingestão de líquidos, principalmente água. Consumir somente água da rede pública ou mineral, mantidas em recipientes fechados e resfriadas.


Evitar ingestão de alimentos fritos, gordurosos, muito condimentados e de origem duvidosa. Dar preferência a alimentos leves, como frutas, verduras, legumes, sempre lavados ou cozidos de maneira adequada e devidamente conservados.


Não entrar em contato com bico de bebedouros de água públicos. Os cuidados devem ser redobrados quando alguém da casa está com diarréia para que outras pessoas não se contaminem, dentre estes, a desinfecção dos sanitários, que deve ser feita no mínimo duas vezes ao dia com água sanitária.


Consumir as verduras e legumes cozidos. As frutas devem ser selecionadas e previamente lavadas com água fervida. Consumir frutos do mar, carnes de vaca, de frango e porco devidamente cozidos. Manter alimentos protegidos de insetos e moscas.


Lavar e desinfetar as caixas d´água a cada seis meses e observar a vedação das tampas. Conservar os alimentos sob refrigeração. Manter todo o lixo tampado e em local isolado. O gelo a ser consumido deve ser preparado com água filtrada.
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